quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Apócrifo de Jorge Guillen
E quem eu fui
Se eu não galopava?
Morri como uma alga,
Ou como um vampiro?
Quem desceu o céu
Para os meus olhos morenos?
Quem morreu se eu não fui
Aparar as montanhas dos
Gigantes de gelo?
Eu não fui, não, não fui,
Sentei abeira de um deserto
E esperei todo mundo,
E ninguém apareceu.
Ninguém apareceu?
Ninguém apareceu.
Só estendeu a mão para mim
O petróleo, a bruta flor do
Mentiroso amoro das coisas,
A solidão da Andaluzia e a imensidão
De Adamantinna, minha cidade de prata.
Eu não fui,
Porque o meu coração de gelo
Era uma pedra no meio
Do oceano dos navios.
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