sábado, 31 de agosto de 2019
Apocrifo de Willy Lewin
Nem tudo é lírios, como digo,
Às vezes, a ausência se sente.
Quanto mais palavras se quente
As ruas da noite se abrasam de gente.
Fogo de arte direta como
A lua é prata e as estrelas vermelhas.
Tem coisa mais ridícula do que ser
Poeta? Ou tudo isso é armadilha
Do capitalista vendido?
Se dizer máquina é de certo,
Ou saber quantas gente sofre
Colhendo laranja nesse inferno.
Pessoas? O que brilha são
Os astros da noite profunda.
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