domingo, 2 de setembro de 2018

Do mar as baleias


Não estão as baleias longe de mim, porque fiquei deserto e largo como o dia,
e estive esperando como as estações o tempo, e quando chegaram para me beijar como um barco, virei trem em movimento.

Baleias, onde vão a essa hora do dia, se serão afogados os marinheiros, nessas gotas que pingam da chuva, e talvez o mar ensine a todos que a natureza sempre vence.

Ai, não posso esquecer baleias minhas, suas vozes de areia,
ai, que não volto como um pássaro na janela,
nem canto as substancias da vida.

Porque em cada minuto, minhas amigas marinhas, eu as vejo longe, eu, que cruzo os mapas sentado na terra, perguntando: seguirão as baleias vivendo quando as estão caçando?

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