para j. cabral
Um poema se labuta,
se faz-faz, se refazendo
o encontra em luta.
Como que tossindo, dizendo
que o poema é matéria
para quem escreve descrevendo.
Não seria necessário
o dar-se em inspirado.
Pensa-se que o poema
que se faz refazendo, faz-se
com discreta construção
de arquitetura fachada;
mesmo que mude
o que no contato
vê sólido e não líquido
do poema labutado.
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