A cigana e o cavaleiro
(interpretação de canção anônima)
Andaluzia, séc. vii
Cigana: Nas mãos a carta
desvenda, o símbolo
astral, a sina figurada.
Em tua canção atada
com pequenos caranguejos.
Cavaleiro: Agora que já não durmo;
nem os meus olhos se fecham;
ando com a força do pulso, segurando
nas rédeas do meu cavalo.
Para onde fujo, que não veja,
a luz desses raios negros em
teus cabelos amarelos?
Cigana: Ó cavaleiro; cinzenta
é a nuvem que deságua
da tempestade!
Cavaleiro: Ó cigana; que instrumento
aliviaria o meu amor,
por teus cabelos, quase-u'na flor?
Cigana: Nas mãos a carta
desvenda, o símbolo
astral, a sina figurada.
Em tua canção atada
com pequenos caranguejos.
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