Meu paraíso
(como descrevê-lo sem cetas?).
Aquela árvore cheia de
lodo, aquele chão esverdeado,
Tudo se mistura dentro dos teus olhos azuis,
olhos de mangá.
O vento percorre
o meu corpo. O céu é azul
para todos os sapos gigantes
que coaxam da janela
enferrujada de nossa
casa.
O vento percorre
o seu corpo angelical
de amora incandescente.
Ouço um uivo
dentro da memória.
Não ficou registros
em cartas. nem descrições
de navegantes para esse
lugar
puro e magnetizado
de flores abundantes
e pequenos roedores.
Uma fotografia
é o que sobrou desse paraíso
corroído pelas chamas
que adentraram pelo
espelho puro dos
nossos olhos.
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