domingo, 4 de setembro de 2016
Comentário sobre a poesia
Não se sabe onde o amor
com o riso e com o sofrimento
pode brotar como brotam os
feijões da natureza no coração
da terra marrom.
Confundimos a terra com o
coração? Quantas coisas nós
confundimos, antes de percebermos
que a nossa confusão era na
verdade o reflexo da verdadeira
revelação?
Um coração terra, uma terra
feita apenas de corações.
Imagine a nudez áspera
de uma nuvem deitada
em teus olhos.
Agora, imagine por favor,
uma lágrima escorrendo
límpida e lisa por minha
face agreste. Imagine,
use a imaginação do
seu coração de terra
e chore comigo lágrimas
de revelações
sinceras.
Depositarei o meu coração
dentro do comentário sarcástico.
Depositarei a minha alma de gambá
em tua boca maravilhosa de erva.
Devorarei a linguagem sem paladar.
Estraçalharei ferros, dicionários e
pequenos pontos finais que
encerram o nosso louvor
com gloriosa luz.
Imagine agora o cotidiano.
E nele, um coração semelhante a
um broto de feijão, crescendo
puro e límpido como uma lágrima
no meio da terra marrom
do meu peito e do nosso
amor.
foto: ilustrativa
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