E de chofre abri o mapa em cima da mesa
e encontrei encravado ali o teu nome, America do Sul.
Saltavas para fora, assombrosa, cheia de nomes,
de índios, de imensa quantidade de flora, de fauna,
de fabulosos rios, idiomas secretos e belíssimas mariposas.
E invoquei o teu nome das sombras das nações, América!
E como um conquistador, fiz-me filho de suas raízes e de suas águas.
Pródigo suspirei: América, como Neruda um dia fez, não te invoco em vão.
E diante do mapa cartográfico
aprendi tuas línguas, línguas sibilinas para os preguiçosos.
Percorri então, com os meus olhos,
a vossa magnífica nudez,
coloquei a mão no vosso imenso pampa,
subi até as prodigiosas esculturas de
Chichén Iztá.
Mergulhei fundo, profundamente,
estive em tuas cordilheiras
e acampei diante do céu azul-claríssimo de minha imensa pátria.
E invoquei o teu nome, América Latina, SAUDOSO de ouvir teu grito de rebeldia.
E de longe me olhavas
e serena
a noite em ti
dormia.
!
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