Companheira,
és o fogo e eu sou a água.
Carregas-te desde que nasceste,
das fabulosas entranhas da terra,
a chama viva, a chama esmagadora,
a queimadura da pele em fogo e enxofre.
Amada, companheira,
quando eu cresci eu era o bosque sereno e calmo.
E vieram até mim as mais sábias aves,
e carregaram-me em suas plumas brancas
até o mar, o grandioso mar de águas e ondas,
e ali me detive em suspiros, em cânticos, em angústias e em hinos.
Companheira,
das profundezas do fogo tu saltas, e eu,
eu salto como um sapo
das profundezas da água.
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