terça-feira, 4 de novembro de 2014

AS CINCO TAÇAS - PARA S. MALLARMÉ

E o silencio partiu-se
em cinco taças: a 
primeira taça virou
uma marisa-fumaça.

A segunda, enigmática
e completamente fria,
virou uma
víbora amarela.

A terceira taça
transformou-se
em teus olhos, minha bem-amada.

A quarta taça
perdeu-se no
tempo, e
se converteu em pó marinho.

A última, a quinta taça,
a mais aguardada, virou
o verbo

e deu início 
a todo o universo!

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