sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Você e eu


Rosto de menina
Jeito de mulher
Cansada dele não te querer
Se esquente em meus braços
Peça e sinta os meus beijos em seus lábios.
Esse jeito de amar tão antigo
Parece novo nesse tempo tão sombrio
Por um momento penso que não te amo
Mas te amo tanto que não aguento desabafar...
Meus desabafos são lentos, feito baleias ao oceano
O meu chorar é tão lento quanto seu pranto.
Se ele te amasse como eu eu entenderia
Mas eu vejo o quanto eu sofreria
Por favor, que o destino seja você e eu.

TRÓ


enquanto seu lobo


No seio do escuro


sol & lua


MISTERIOSOMBROSO


cachorrinho


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É foda


É foda ser foda
Num mundo foda ser foda
Essa é a lógica
O foda do foda
dizem ser foda todos
Os funks, os rocks roll
Nenhum todos sabem
Falam e são fodas
É foda ser foda é foda
É fossa na foca ser foda
Meu Deus é tudo foda.
Deus é foda a bahia é foda
O futebol é foda A gente é foda
É foça é porca é nossa a copa
É foda ser antes brasileiro guerreiro
E ficar todos os dias da vida
Sem entender. Por que entender
É foda.

É na tristeza da noite


É na tristeza da noite
que eu penso apenas em nós dois.
Pensei um dia acordado
Que eu poderia viver a seu lado.
eu vivo triste alegre e tão solto
apenas morro e me renovo
cada vez mais vejo a luz da escuridão.
É na tristeza da noite
Que revejo seus olhos
Pretos mortos tristes e distantes.
Me deixou tão louco, ficaste tão pouco
Não é triste viver assim? Sozinho
Sem você pra mim...
É na tristeza da noite
que eu penso apenas em nós dois.
Os seus segredos tão meus
Agora os meus são tão seus
Por que me esqueceu assim?
Por que se afastas-te de mim?
Cuidava tão ruim assim? Mas
Era o eu teu seu eu pra mim.
A gente cura a solidão com a paixão
Não entendo nada mais não
e eu penso apenas em nós dois

Tudo bem TUDO NADA BEM... !


Tudo bem
TUDO
NADA BEM... !
.
.
.

tudo.

O que vem
Além? Além de nós alguém
TUDO BEM
NADA BEM
TUDO.

Mas
antes
tar
De dia
a noite bus
Ca ndo o caminho.

Tudo bem. Nada bem. Tudo... !

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O homem não é linha

O homem não é linha
nem reta, nem limite.
O homem não se mede
com carinho e nem amor.
O homem é não saber, é indispor...
a medida de tudo não se faz
Em plenitude de arquitetura:
é mais que palavra
é carne, víscera nua e crua.
O homem não se limita com a morte
Que é sem medida,
Nem com a vida, que é medida por ironia
o homem é um palmo acima do chão
enterrado onde o mistério não é vão.

as trevaluzem diante do briluar do campo


as trevaluzem diante do briluar do campo
que no seu brilho clariado se estreluzem no céu noturno.
Ao noturno fundo do mundo o negror resplandece
A aranha tece o carro atravesse o campo umidece
E nas lagos os sapopótamos dão risadas das mosquilongas.
Distantes as risadas escuras de um dia de tristezalegre acabam
Cruzam-nos os olhares. No dia de tristeza há paz. Mas $ não tens.
Tens que tem não tendo terás quando ter ter ser para não querer
Ter.
Ter  
A lua, a lua, a lua.

Não me leve a sério


Só de você respirar
Não me leve a sério
Isso é tão estranho... e se
eu esquecesse seu nome
no meio do fim do mundo?

Não... acho que isso
Tão especial assim...
Não me leve a sério
Você respira o mesmo ar
Que eu estou respirando...

Não se sinta superior meu amor!

Você foi criada para sentir
as ternúra do amor?
E eu o ódio e o horror?
Não me leve a sério
Por favor...

E se o céu fosse seu?

Eu deveria ir embora com as recordações
Você é um mundo e eu me prendi a ele...
Eu sei que isso é ser humano
Mas há tantos por aí que não valem a pena viver...

Não me leve a sério, eu sou do sul.

Recomeçaremos do perdão
Seremos unidos por sangue
Por favor as religiões não mudam nada...

Não me leve a sério
O mundo é uma droga admirável...
Eu e você sobre o céu azul...


terça-feira, 27 de novembro de 2012

da minha pele não inalo


da minha pele não inalo
tristezas nem ousadias.
Homem feito, impossível
desconhecido do vasto
Do vasto migo intimo.

Das ternuras falsas
Inalo sem compaixão
Palavras soltas, livres
Leves, sem fronteira
sem corrupção.

Não invento do nada
Do nada invento do tudo.
Sou a base do nome
meu pronome é de onde?

Sou areia de sal salgado mar
Sou vírgula em lugar errado
Sou tudo, menos o fim/
Menos o iniciado do acabado.

Sou tudo: poesia sem poesia!

eu deveria pedir perdão

eu deveria pedir perdão
pro coração
acho que não
suas mãos nuas
o irmão é o lado lindo dos seus olhos
eu te odeio amor eu te chamo amour...
Mas no meio do chão a amor a amor
uma coisa incrível nossa só a lua
é o ponto único do céu escuro e sem cor
da noite negra escura negra feita escura mãe.
eu deveria pedir perdão
não peço repeço escrevo espero o meu apego
ao sentimento antisentimental an antes de tudo
Nada havia antes do nada tudo tinha e Deus reinou amour.
eu deveria pedir perdão
não peço peço não peço peço não amour.
eu deveria pedir perdão
pros orgãos irmãos do coração
eu fumo mudo calado no peito escorre o mel do peito
sofredor de amor... Tá tudo errado
eu deveria pedir perdão
peço não peço não peço. Não peço não.

De mim antes do por-do-sol adentro do rio /


De mim eu não sabia antes que
Antes que a lua subiparecia acima de baixo.
De mim antes do por-do-sol adentro do rio
As águas escuclaras falavam em latim antigo:
tudo já estava escrito antes do dito.
Estremeci amargurado de dúvida em dúvida
E no ponto alto do trigo, a melancia repentiniou:
Suba suba suba logo
Ao longe das águas noturnas
Vá viver sua vida
Distante de tantos filhos da puta...
Graças a isso os parduaves deram palmas
E rosnaram os grimilhos de alegrimas de feliztreza.
No alto do jardim diziam antes de mim a brandura:
Curva, curva, corva corvo. E entraram antes de mim
E eu não sabia antes que o sol apenas abandonava
Os infelizes na escuridão das trevas.
Mas antes eu gritava (como bom cristão da escuridão):
Aleluis aleluias, e os religiosos botavam fogo
Nos heregidos pelo povo da nação para virarem carvão.
De mim, graças a garças do Senhor dos seus Céus me vi
Diante de uma tribuna de antis e sorri como bom passarinho
Nos carinhos dos seios de uma boa mulher do amor  que Deus ainda ir Dará.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

DIA DE BAIXA

enquanto o sono não vêm
sonhar pela floresta
dos dias do além
amor quantos anos você tem
não tem nada de mais
quero mais o amor é uma coisa
assim sem explicação coração
entenda que tudo o que é quente
queima a alma calada.
enquanto o sono não vem
eu vou passear na rua vazia
do coração tristonho de alegria
azia, saudade é feio é feio é ser feliz
amor é um dia azul azul lilás.
Quero te ver nua atrás.
Na avenida de trás, no dia atrás
Não faz... os dias do além é o asfalto
Do dia primeiro do coração alto
Primeiro as pombas voam baixas.
DIA DE BAIXA, DIA DE BAIXA, DIA DE BAIXA.

MALLARMÉ


O rio fala tanto


O rio fala tanto
E é sua voz
que sai da boca
Dele.
Dela não me lembro
O asfalto graniu pra rua.
Dentro de nós não há mais nada
O rio fala tanto
Que chega a encantar os
Pintassilgos que ali co-habitam
Juntos aos crocodirés.
Dentro de nós é tanto frio
Que não há temperatural natural...
E o rio continua a falar sem parar...

Não divido minha alma

Não divido minha alma
em alegria e tristeza.
Não sou esplendido
Nem fiel a filosofia 
estabelecida.

Não estou no extremo
Não quero glória ou
essas outras porcarias.
Não reclamo da vida (ela
Me é tão querida).

Minha alma não se divide
Mas meu corpo e meu ser
Já estão divididos desde
Minha tenra formação:
vago livre e solto
Na luz e na
Escuridão.

A solidão me é amiga
E rodeado sempre estou
Mas acaso falta a companheira
E dela eu todo ainda sou...


para A.A.

domingo, 25 de novembro de 2012

coração bate que dói


coração bate que dói
por amor
bate bate que bate
dói
por amor
coração aprende
bata bata bata
não tanto nem menos
dói de mais o amor.
bate bate bate

Fazendo aos poucos


Fazendo aos poucos
é que se faz tudo.
Mas entenda: amor é
isso que deduzem
e sofrimento é isso
O que acham que sentem.
Amor é arado sagrado,
Terra prometida em descanso.
Amo? Se amo. Mas se sofro
É por que não compreendo.
Compreender é sofrer
Eis o mais verdadeiro sofrimento.
Entenda só que irônico: vive-se
para não se saber para que se
vive. Se acaso souber, não diga.
A vida é um eterno acento, um
Breve etecétera do momento.
Morrer é muito perigoso...

d' nada se fez o vento


d' nada se fez o vento
o tudo do mundo muda.
O mundo do mundo
Ofusca o canto da boca
a boca ofuscada sangra a
palavra inventada
que d' nada se fez
(igual ao vento).

a perspectiva do meu sono


a perspectiva do meu sono
andando olhando cria
Ainda na escuriosa questão
do que seja a vida dita.
o meu sono vêm a tona
das leis tão naturais animais
que assusta os capins silvestres
os jaús e os pardais.
no campo toco o hino
pra ovelha dormir tranquila
Pois o lobo está distante
da perspectiva do meu sono
e do sono da ovelhinha tranquila.

a felicidade

A felicidade
não é um momento que dá
Ou passa.
Ela é única
Uma só.
Nesse único cabem todos. Mas não existe
o todo.
Então todos temos a felicidade.
Não está nos olhos, nas bocas, nas lembranças
Nos beijos. Está em nós mesmos
Pulsando viva
Saltando lenta.
A felicidade é o que é e não o que foi ou o que será!

ARARA



Universal


H LÁXIA -


sábado, 24 de novembro de 2012

De dentro


Alguém chamou de fora
De dentro a porta se fechou.
Já se dizia que o mundo ia acabar
Antes de  2012 chegar.

Querida acredite neles não
Sou A + B, meu professor não sabe não.
Antes de eu entrar na evolução
Os macacos viviam de televisão...

É. Ou Yeah?
Não sabe nada.
Tanta gente inútil
Mas o mundo é lindo mesmo
Mesmo sofrendo
Eu quero chamar de fora...

Dentro tá chato. Vamos modificar
É chato te tocar, vou te análisar. Acreditar
Na filosofia inútil do Platão ao Sol

Etanol Etanol

A nossa grande música, ao Tom Zézinhomito


A nossa grande música
Linda tropical janela
Ofusca a luz da lua e do dia.

Cantaremos a luz de velas

Vi vi no luar o alto mar
Azul com o fim do céu
Negror de viver
No passo da vida
no fim dela já ninguém quer

Estar para entrar fora
Sair pra ficar dentro
Olhar de fora o vento
Não vejo o relento
Descanso pequeno
O bezerro.

Longe de tudo a gazela canto
De perto do lustre a ave entoa
Perto do sul os pampas vagueio
Ao norte o dinheiro que não tenho...

A nossa grande música
Invadiu o anglo-tropical
Agora é foda, eu digo na morsa
Os ouropeus querem o pré-sal.

Já conversava com o vento
Sobre a tristeza do olhar
O leopardo só queria caçar.
Na serra do mato o tatu se escondeu
Vivia dizendo que o presidente
Morreu.

Mas ao olhar bem de dentro
o vinho de Baco escorria no olhar
Eu não renunciei, só cantei
Choramos p'ra não ter fim...

Vivia de dentro da cadela
Na ilha do sol, a lua brilha
Mesmo em janeiro fevereiro
É dia primeiro... e esqueço.

Quando a gente abria o coração
O dinheiro era a tumba
O liso de Paulo é São
O Grande Rio fica no sul
No alto do mar eu vejo o olhar...

Nos dias do meu dia
A música tropical
Subiu pelo alto
Dos rios industriais
Pra se ver no nordestino
O choro que lhe caí..

Parem com isso digo
já dizia o profeta
mas quem erra acerta
o sertão vai virar mar...

A nossa grande música
Linda tropical janela
Ofusca a luz da lua e do dia.

O dia de se querer pular
na janela cultural
olhando a cor das estrelas

ocês
vão ouvir
ocês vão saber
ocês sabem bem
que eu queiro ir queiro ir queiro ir queiro queiro ir

sem sair.

In vita
In vita

já se ouvia dizer
Vivi Nini Lili Lalá.
Só queria te ouvir.

Daqui não dá pra sair
Vamos ir...
Para viver no lago
Saber os papos
Entrar nos atos.

O resto é o silêncio
o resto é o lenço.
O resto é o quente
da tumba ditadura industrial...

Somos meros robôs a trabalhar
E quem vai ganhar?

É melhor apostar e descansar.

VINDA INDA


TRIPA SECA A MISÉRIA


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Na própria carne do sentir


Na própria carne do sentir
Que na verdade é duradoura (é
faca entrando sobre a carne)
o sentimento não nos poupa.

Nos abate pouco, em diálogo
Nada circunstancial. A arte
É tarefa sua, assim como
O abutre sente na própria carne
Carniça, sua vida sem aspas
Viva e crua.

Mas no se sentir no ar
Talvez seja a leveza da inspiração.
A palavra mais tolas de todas
Será ainda aquela "paixão"?

Como então fazer versos
Que falem, que sejam do coração?
O sentimento é parte do corpo,
e se entranha na alma, no fundo do vivo
No osso.

Na própria carne do sentir
Isso é mera implicação.
Sentimos tanto, que o sentir já nos é raro
É a retaliação da razão.

domingo, 18 de novembro de 2012

Ode

ode
ode
ode io io io Obá
Eu quero te amar
Odiando o lugar
Que quarteirão
Enchendo-me 
A vida da a Deus dá 
A vida da a Deus dá.
E mo re 
na
delicada
io io io Obá
Gosto de mais de menos de menos e de mais.
Ode ode a ela
odeio odeio a ela
O mundo é dela
o mundo é fusco
o mundo é neblina
O mundo é o meu amor
Por ela ela quem é ela ela é só o QUE SOBROU.
Nada falta a palavra Z alfabeto correto aprender
Quem vai além dos States National?
Gritando e odiandando pro inicio do fim.

sábado, 17 de novembro de 2012

Alta no espaço infinito


Há uma voz aberta distante,
Alta no espaço infinito

Seu rosto é febril e sua melancolia
é um sentimento compartilhado

Somos todos servos dessa voz
Que compartilha o amor e o sofrimento

O sofrimento é um insento triste
O amor é um vulcão ativo.

Há uma voz aberta e distante
Alta no espaço infinito

Você deve estar escutando ela
Ela deve estar rindo

E navegamos todos
Ao alto até o espaço infinito.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

É melhor ficar assim...


É melhor ficar assim...
Assim como ficar?
Ficar assim assim assim ó só.
Ficar assim.
Diante das estrelas lelas são o que
Lelas vê-las tê-las querelas...
Assim normal...
Tudo vai mal Não tão mal Quero sal
Me chamo lobo mau.
Ficar assim um pouco cansado
Um pouco programado
Um pouco industrializado
Um pouco sintonizado
Assim só querer só assim querendo sem ter.
Só vivendo por viver, amor
Meu coração é uma pá de solidão.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

bRASIL


O universo é imenso (e eu nem ligo)


    Tudo bem, o dia estava caminhando como sempre: acordei e levantei; escovei os dentes e depois comi um pão. Depois disso escovei novamente os dentes, e depois de tomar café com leite e escovar de novo os dentes, fui dar uma volta pela rua da cidade. A cidade é um lugar, talvez algumas pessoas não saibam disso, onde pessoas chatas e más humilham e comandam pessoas burras, chatas e más. É claro que diante disso tudo temos os religiosos malucos, os jornalistas que nada fazem, os vagabundos de primeira escala, os políticos (eles se encaixam na parte dos vagabundos de primeira escala também), os comerciantes, os ricos, os trabalhadores, os judeus, e os neuróticos (posso muito bem entrar entre a última e a penúltima coisa). Sabemos muito bem, pelo menos espero que quem lê essas linhas saiba, que o universo é finito. Isso é uma explicação lógica. O universo é apenas um jovem senhor caduco que não para de envelhecer, e que nunca... nunca... mais nunca vai morrer. É claro que isso não tem nenhum sentido para as pessoas "normais" do universo. Mas ser normal cansa, e por isso fui dar uma volta pela cidade, para tentar arrancar de alguém uma explicação. A primeira tentativa foi com meu querido pai:
_ Fiquei sabendo que o universo é finito. Tem um limite, só que não para de aumentar...
_ Puxa filho, meus parabéns. E quando isso vai te ajudar a conseguir um emprego?
 As primeiras tentativas nunca dão certo, por isso é preciso rondar como um policial a procura de rosquinhas (coisas de americanos, é claro!).
No meio da rua, tive um momento de reflexão: ora, se o universo é finito, em uma massa global de milhares de estrelas, planetas, constelações, meteoros, e galaxias, isso me prova claramente, que quando eu for morrer, o universo terá o dobro do seu tamanho que tem hoje. Mas talvez isso não interesse nenhuma gostosona loira, que prefira assistir a uma partida de futebol a ler um bom livro de Dostoiévsky. Esse assunto, UNIVERSO, logicamente está relacionado a Deus. Propriamente há quem diga que Deus é o universo e o universo é Deus. Isso confunde mais do que responde. Por que se provarem que o universo é Deus, saberemos que o Universo está morto. E se provarmos que Deus é o universo, saberemos que sua barba será uma igual a do papai Noel. Ou, com a tradição judaica em nosso enlatado, concluo: Deus jamais seria ariano (embora os cristãos moderninhos já estão tentando chegar nessa conclusão).
    u, pular do universo até Deus é um passo e tanto para a humanidade. Talvez isso agrade algum físico curioso em saber o tamanho do Universo... já que muitos conseguem se perder em plena Manhattan e São Paulo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

eu gosto dela

eu gosto dela
ela gosta dele.
A cidade anda
Os carros correm...
É um sonho aqui
Continuar e estar...
eu gosto dela
ela gosta dele.
Preciso ver de verde
perto.
Perto e longe.
Eu gosto dela
ela gosta dele.
Vou me levantar
Pra te abraçar...
Eu gosto dela
e ela gosta deles...
Eu gosto delas...
elas gostam dele...
A vida tem que se
continuar...
Vou abraçar um ta
Tuando o meu braço.
Maria, Sabrina, Milías
Na primeira prestação
Do coração ninguém
Nunca cabe. Somos
Os tigres da razão
Não há fogo na paixão.
Eu gosto dela
e ela gosta dele.
A polícia bate nele
ele bate nela...
A lama suja o carro
O carro suja-me de água...
O oxigênio vai me sufocar...
Eu preciso te amar...
Ainda gosto dela
e ela ainda gosta dele.
Ela vive no céu
eu prefiro o inferno.
Nós somos anjos
Nós ainda vamos nos
Beijamar...
Claro sorriso de
quem um dia partiu.
Partiu-se como um copo.
Mês de abril, puta que
Pariu. Somos um
Bando de charlatões
E o coração sofre um infarto.
Eu mio por ela
ela late por ele.
A vida é lenta
acaba depressa...
A vida é densa... é preciso
Me levantar e te beijamar...
Eu gosto dela
e ela gosta dele!

domingo, 11 de novembro de 2012

Meu sangue


Meu sangue
Na lama
Misturado com
Os lábios dela.
Meu sangue
Deixe sangrar.
Acredito.
Deixe sangrar.
Os dias são
O passar...
Deixe sangrar...
Meu sangue
No corte profundo.
No corte profundo
Meu sangue.
Deixo sangrar.
Acredito em nós
Quando nós somos
Apenas eu.
Entendeu?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Se a vida fosse...


Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Se a vida fosse
O que? Basta
de me atacar
com esses pensar
e penso: e se a vida
fosse... e se a vida
fosse... Se ela fosse
O que? Uma esperança?
Espero. Uma alegria?
Como quero. Um
Cantar? Canto.
E resta o que?
Resta o sentir... e sinto
Tanto que dói.
Dói sentir tudo e todos...
Dói ser assim: um miolo.
Inteiramente miolo
Mais um miolo puro.
As máquinas já nos
Conquistaram. Ai
de mim que vivo sem
Um bom abraço, uma boa
Boca, um amor...
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Se ela fosse o que eu...
Eu? Mais eu quero é
A sua felicidade. Deixe-me
Aqui na solidão do destino.
Cansa-me dedilhar notas
de amargura. E a amargura
É tão boa companheira...
Quantas asneiras por um dia.
Já é sonho, mais estou acordado.
É noite, mais estou acordado.
Tenho medo de dormir,
Pois dormindo sei que morro.
Morrer não quero. Quero
Vida... e
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Essa infinta bondade
Que não há em mim.
Que não há em ninguém.
Somos maus até o fundo
Dos ossos. Nossas almas
Se impregnaram de maldade.
E a liberdade é um eco para mim.
Ai de mim!
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Basta. Basta tudo. Só um verso
Não muda o mundo.

Que mundo
Imundo!

Aqui estou eu


Aqui estou eu
Cantando triste.
Mas a noite se move
Mesmo eu estando assim.
Ela é controlada pelo
Momento
E no momento
Eu estou assim:
Cantando triste.
Aqui estou eu.
O meu perdido não
Pode mais me ver!
No momento estou
Triste. Não vejo
O que pode me enlouquecer.
Enlouqueci.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Seu nome


Seu nome eu o escrevi em mim
Seu nome eu celebrei aos deuses.
Seu nome era uma flor em chamas ao vento.
Seu nome foi tudo o que eu tinha pra me lembrar...
Seu nome era minha luz e minha treva.
Seu nome era o apagado da minha memória.
Seu nome era eu e você no universo.
Seu nome era o meu pecado
Seu nome era o mês da minha oração
Seu nome era o amor do meu coração
Seu nome era o leão da minha paixão
Seu nome era a razão da minha ilusão
Seu nome era o fixo da minha imensidão
Seu nome era o eterno sim do seu não
Seu nome era o que restou de minha visão
Seu nome era a música da minha canção
Seu nome era o ir sem voltar
Seu nome era o amar sem amar.
Seu nome era o indecifrável do difícil
Seu nome era o branco do negro
Seu nome era o tormento do meu acreditar.
Seu nome
Perdi-o a beira do mar do meu triste amar.

Nada se inicia para J.D. Salinger


Aqui está o fim
e nada se inicia.
Aqui é o começo
e nada se acaba.
O fim já é meio
mais não há principio.
Resta o agora, o medo
O existir para tentar
descobrir o que já
Foi descoberto. Choro
Mais minhas lágrimas
Pertencem a mim e a
Mais ninguém. As suas
Pouco me importa então
Não se preocupe com as
Minhas (poupe seu ego).
Que Deus me guie
eu já nem posso me guiar.
Acabar com algo? Resta
A alegria pra me acompanhar
Na melancolia. Nada se inicia
E tudo se acaba! Felizmente.

Te amo tanto...

Te amo tanto... chega a ser imensamente.
Mais todos amam no mesmo nível que eu... mas
Te amo, e sem dúvida esse amor é maior do que
a consequência dos amores dos outros...

Eu te quero, porque você é trigo, farinha
do meu coração. Se riem de mim por isso? Tolo
É quem não sabe o que é amor.. e como eu te amo.
Se não é um verso que te faço, é um beijo que te lanço.

Todos os níveis de amor são o nosso:
Sou teu, és minha; e de tanto eu ser seu
E tu ser minha, nossas almas uma só se tornaram.

Isso é hediondo para as almas que não amam...
E te amo. Se resta dúvida, só palavras
Te aconselho, e faço: me calo em um beijo que te lanço.

domingo, 4 de novembro de 2012

Angélica! conto


Angélica! Seu nome escrito assim: "A" e "n" juntos. Um nome divino para mim. Escrevi ele um dia, nas areias de uma praia tropical. Não me lembro se no México ou no Rio de Janeiro. Talvez foi no Rio. Eu bem posso mentir... poderia dizer que escrevi seu nome em Paris ou em Nova York. Não me daria nada, não me traria você de volta. Em nenhum momento pensei nisso. Ainda gravei seu sorriso de despedida, naquela tarde chuvosa. Eu com uma gripe, nariz escorrendo e os cabelos (eu tinha acabado de cortá-los) molhados. Corri atrás de você, por pura besteira é claro. Seus cabelos loiros, foram a última coisa que consegui ver, e você nem sequer virou seu rostinho angelical, e nem me deu o seu sorriso de anja/mulher.
  E gravei essa cena em minha mente. Mas que cena triste, daria um belo filme hollywoodiano. E você seria a atriz perfeita para o papel da magoada, e eu seria (como é de costume) o homem vilão da estória, o traidor, sem alma ou amor. E no final eu te veria com um homem rico da Arábia, dentro de um carro, ou melhor, de uma limusine. Eu estaria trabalhando como um garçom em um restaurante chamado "El  gusto del cliente". O destino teria nos reservado isso, se eu fosse o americano safado e você a latina mocinha. É ao contrário o ocorrido, embora tudo isso seja fruto de minha imaginação. Me perdoe Angélica, mais eu... eu me lembro muito bem no dia em que te convidei para tomar uma coca-cola, junto com a turma intelectual de que eu fazia parte.
   E você me encantou muito com seus argumentos coerentes sobre o existencialismo sartreano, sobre a bossa-nova, seus amor pelo jazz (e o meu também). Nossos cineastas preferidos eram os mesmos: Woody Allen e Bergman.
 Isso talvez tenha nos unido sem querermos, não é? Não consigo te escutar daqui, escrevo diante do mar, e as ondas ecoam sobre o meus ouvido, como se fossem músicas clássicas. E que vontade de ser ao seu lado... eu tinha essa vontade. Se eu tenho?
 Angélica! Tudo está coerente, e eu me lembro do dia em que fomos assistir Manhattan no cinema, e eu toquei sua mão e você apertou a minha, depois virei seu rostinho de mulher, e você me atacou como uma tigresa. Mero surrealismo: você atacou minhas vísceras sem piedade, rasgou meu coração com sua boca cheia de dentes pontiagudos, suas garras de felina me arranharam o peito e você me fez feliz, feliz como nunca fui.
 Me lembro disso como se tudo não passasse de um sonho. Um mero sonho, algo que aconteceu... Será mesmo que aconteceu? E ainda você está agora? Realizando seu sonho e visitando a Suécia?
Eu ainda me lembro desse seu desejo pelos suécos. E quando você brincava, dizendo que um dia eu receberia o Nobel? eu te amava absolutamente. Você vai receber o nobel em Estocolmo, acredite em mim MON AMOUR.
 E tudo isso se foi, acabou nosso amor, não é Angélica? Como se tudo não passasse de uma mera brincadeira, de um mero divertimento para você. Me perdoe essas lamúrias, continuo APAIXONADO. Nada disso valeria a pena escrever, se não fosse o real do irreal do meu peito. Angélica, Angé, Lica; Lica... Minha Gé! AnjaéLica minha. Como essas brincadeiras de palavras podem me ajudar a revelar meu amor por você? Angélita!
 Com toda certeza você excluiu meu número de telefone do seu celular. É tanta modernidade, e mesmo assim eu não acharia o seu número na lista telefônica, por que ela só cobre... aahhh, quanta tolice. Isso não é nem literatura. Tenho que parar de reviver o passado. Você não me entenderia.
 Angélica!
 você foi fascinante no nosso primeiro.............................. coito. Foi uma coisa estranha, concreta, nada surreal...
 Se você gostou? Não me lembro. Você gostou não gostou? Gostou. Creio que sim. Ana, Paula, Julia, Lina, nunca reclamaram. Mais você é a única que me trancafiou no prazer carnal... Esse prazer... A Angélica, seu sorriso de ninfeta me aperfeiçoou, me sugou. Eu continuo a pensar em você. EM VO-CÊ. Vo^cê sabe que sim não é? Seus seios oo em direção aos meus olhos. E eu delírando, minha boa Angélica. Isso é uma recordação cruel de você.
 De você Angélica! Com "A" e "n". E tudo isso por amor... ou dor...

Pularemos em um abismo


Pularemos em um abismo,
Afundaremos em um navio
E assassinaremos todos os comunistas...
E se nada funcionar
Iremos fazer
Psicanálise...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um dia essa saudade imensa Arrebentará meu peito em Fragalhos minúsculos

Um dia essa saudade imensa
Arrebentará meu peito em
Fragalhos minúsculos
E eu chorarei por tudo o que
A lua e o sol não quis chorar...
Um dia sai por ai, chorei tanto
Que ressuscitei da dor... Mais
Só pude me observar.
Magoado de se magoar!
Eu preciso acreditar
Por que eu vou me revelar.
Um dia talvez sonhei tão alto
Que a luz das tormentas veio
Me trancafiar. Um dia talvez eu olhe
Morto mais afinal selado
É preciso incomodar!
Um dia essa saudade imensa
Irá virar lembrança vaga
De uma amada que já se foi...
é uma maneira de se acreditar no amar...
Mais eu sonho no claro
Meu destino é o fato, eu preciso me acostumar...
É tanta tormenta, que a vida
Irá me recompensar... Talvez um dia se aguente
Um morto condenado
Que só quer te amar!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Soneto para a Filha do Mar


Queria lhe escrever os versos mais doces
Que meu idioma poderia lhe dar... Mais
Não entenderias, pois foste criada no mar
E só a língua do mar podes decifrar.

Mais eu decifrei a língua do amor profundo
Esse amor que brota, é filho do mar... Que
Seria de mim sem poder lhe ofertar
Minha profunda paixão, ó menina do mar?

Criada entre algas, baleias, tubarões
A areia da praia criou seus seios, seu rosto
Esculpido pelas filhas de Poseidon...

O que resta de mim? Lhe escrevo um verso.
Esse mesmo, tão puro e amoroso, até parece
Que lhe ofertei o meu túmulo de morto.  

Eu me divido em dois


Eu me divido em dois
Assim como sempre tenho feito.
Ao observar o céu percebo
Que ele também se divide em dois.
Se divide de um lado com o cinza
Expressando assim minha imensa
Solidão.
Ao outro lado, vivo transparece
As cores laranja, vermelha e azul
Símbologia de minha alegria.
O céu dividido em dois sou eu.
Apenas observo como um ingrato.
O céu é a casa, o lugar onde
Deus observa as almas cansadas
E despreocupadas... O céu se
Divide em dois. Eu me divido em dois.
Assim sendo, o desespero de uma morte
Não me afeta. É triste
Apenas observo o céu nessa triste tarde.