Condado
Não há margens para o campo
Daqui das colinas que vejo
Com olhos mudos de sonhos.
Se existo ou não já não sei
Porquê essa questão não
Mais se impõe em minha alma
Coroada de ilusões e luzes infinitas.
Onde será que deixarei meus livros
Quando eu for morar numa tumba cheia
De vaga-lumes luminosos como
Os prédios tristes de São Paulo?
Irá comigo todo esse conhecimento
Ou irei ser novamente uma criança
Submersa na vasta ignorância
Da inocência perdida do paraíso
Que perdemos por causa de uma
Maçã (ou laranja).
Finalmente irão permitir que
Meu nome esteja escrito em
Uma placa, que não poderei
Ler,
Lembrarei do mar
Como se fosse uma grande
Montanha de sal e lírios
E em cada onda valsada
Deixarei uma lágrima escapar
Apenas para recordar que vive
Plenamente quando te amei.
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