Cansado
da mão direita?
Use a esquerda!
Não abdico
do meu amor
não me retiro
do meu poema
Não me deixo
Por coisa pouca.
Não vou morrer
Por ninguém
Ninguém morrerá
Por mim
Só as nuvens
Entendem os
Sentimentos
Que regem o
Sofrimento.
Cansado
da mão direita, camarada?
Vamos, pegue, adentre na
Batalha, o povo
Controlado
Não se cansa
De ser um palhaço.
Vamos mudar! Isso.
Vamos começar com
Nossos políticos.
Eu assumo como rei,
Mais alguém irá me degolar
E proclamará a república.
E nessa coisa toda, haverá
Rebeliões.
Camponeses, onde estão?
E os operários, batem suas forjas?
Político sério, vi só um no cemitério
Enterrado com os ossos cheios de
Dinheiro...
Poetas? Ah, esses não tem nem amor
Próprio.
Professores? Aumentem os sálarios
Deles, eles querem ensinar vocês
A serem anti-burgueses sendo burguêses!
Agora, camarada, eu lanço mão no arado.
Proclamo o reino dos Céus em vós mesmos.
Ah, vocês não acreditam no camarada Enviado?
Tudo bem... Eu já sou o próprio passado.
Antes que o mal fosse, eu vi o Bem nascer.
Companheiros, garimpeiros, que mal temos
Em sermos nós mesmos?
Quer a paz mundial? Cuide
De sua vida, e não proclame
O mal! E o Bem, camarada Gavriil?
Está nos nossos desejos mais profundos!
É, assim caminha a sociedade
Para o próprio lixão cultural que
Oferece.
Não vamos ficar irritados, não vamos?
O meu eu gosta tanto de plural,
Isso não é nada legal...
A mão direita está cansada?
Ora, veja a esquerda, e pegue a enxada.
E agora? Queria tanto ser vagabundo...
Só posso ser poeta nesse mundo absurdo,
Por que me disseram que o diabo é que é vagabundo.
Pobre de mim, quase enlouqueci de verdade
Quando vi o tamanho do planeta Marte!
Vamos
seus cabeças de bagre
Sigam a liberdade
Para onde ela nos levará? me dizem
Quem mostrará o caminho? O Pastor
que está revindo?
Levantem-se de suas burrices
Meditem, acreditem:
Um dia, haverá um político rindo de vocês
(se já não o existem)
VAMOS DAR BOSTA
MERDA
ESTRUME
DE CAVALO
PARA O POVO
PORQUÊ É
ISSO O QUE
ELE QUER
Se ninguém vai me ouvir: GRITO!
Sou uma máquina
e me desespero...
Minha poesia é uma
máquina, e com ela
me movimento todo.
Vamos camarada,
Eu não prego nada!
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