Quero acertar as contas
com a vida
depois.... depois de estar nas nuvens
depois de ver Deus cara-a-cara
depois de dar minha cara a tapa
a esses inúteis
que amaldiçoam meus poemas
que amaldiçoam minha vida
que nada fazem e me machucaram.
Não.... não é um grito
que não será ouvido.... as máquinas e o sol
é a esperança: achamos a criança. A criança dentro
que já não vive. A criança que revive.
Achemos então: somos a própria parede. Eu odeio minha Terra.
Sou brasileiro com você
(com que orgulho? Meça o meu vexame: grite e chame).
Sou poeta e nada mais. Quero que me enterrem depois.... depois
quando as horas se forem e quando o meu espírito se for também
não direi a ninguém que eu chorei
mais mesmo assim chorei.
Já não aguento.... não posso querer me movimentar
pois estou morto. Morto. Vivo ou morto?
Não sei te responder
não quero te responder
não necessito te responder
O trem de ferro do Manuel vem me buscar
(está atrasado como tudo aliás por aqui).
Lá vou eu embora pra Pásargada.... espero ter paz por lá
finalmente. Estou contente.
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