Navegando nas ondas, vou.
Sem rumo
estou agora
preso a mim mesmo
e nem ao menos sei que horas são.
Vou seguindo e imaginando o céu que
quero ver: laranja, todo pintado,
mítico e diferente de tudo o que já ví acontecer
diante de meus olhos.
Navegando pelas ondas eu vou
sonhando
e tentanto compreender o que
compreendo não compreendendo.
Não há razão alguma em meus poemas
(eu sou o poema e não sei se você é ele)
e a chuva me encantou muito e hoje já não me alegro tanto
pois ela já não me visita
e eu canto
e eu sigo
e eu tento passar a ordem e o momento
e eu tento ser o poeta....
eu tento.... eu sei que sou.... mas ao mesmo tempo sei que fui
e nas ondas eu sigo olhando o sal do mar
que me faz companhia junto ao vento e a solidão.
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