Ó jovem de olhar que a noite ilumina,
Teus laços são versos no vento a dançar,
Como o jardim que a primavera afina,
Teu riso é mel que os poetas vão cantar.
Na taça do tempo, teu nome resplandece,
Mais doce que o vinho, mais puro que o orvalho,
Teus cabelos são sombras que o sol escurece,
Tua boca, um segredo no véu do trabalho.
Os bardos do deserto, em louvor tecido,
Tecem harpas de prata, tecem teu louvor,
Pois és o eterno mito, sempre vivido,
Flor que não murcha, perfume de amor.
Mas no fim, efebo, és sonho ou mentira?
Só a lua responde, fria e suspira.
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