sábado, 4 de julho de 2015

Os poetas terrestres


Quem escreveu
no fogo duro do concreto
as palavras da farinha do oceano?
Quem colocou no chapéu
obscuro da linguagem
a claridade das estrelas geladas do espaço?
Ó, poetas terrestres, cheios de melancolia,
cheios do cosmo elevado de trabalho e suor.
Andam cheios de identidade mística, cheios
de pensamentos sublimes e divinos, cheios
de mel e açúcar amoroso.

Catam as coisas mais exóticas e belas possíveis
como o luar passageiro da noite e a jarra humana
do coração solitário.

Compõem hinos patrióticos e modernos,
aguçados de finíssima melancolia, e de
ritmo camponês...

Como vós, eu entrei na metálica composição
sorrindo hinos e martelando odes indecifráveis.
Vomitei palavras de belezas raras,
douradas como a maça vermelha,
azuis e herméticas saltaram da caneta
coloriram de todas as cores a mensagem.

E no amanhecer do dia, e no findar da noite,
observando as estrelas, olhando  aurora da manhã
minhas mãos suadas tocaram no pão da
poesia, e em mais um momento enviamos a
verdadeira canção saindo da alma, atravessando
as ruas, subindo os muros indo descansar  nos olhares
cansados. 

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(foto: ilustrativa)

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