terça-feira, 26 de maio de 2015

Não minto, não minto quando digo que te amo

Não minto, não minto quando digo que te amo. 
Alguns me creem mentiroso de amor.
Ai, se eu pudesse ensina-los a amar.
É tão fácil amar a minha donzela,
a minha companheira invisível.
É tão fácil amá-la boca à boca em cada noite
sombria e fria que se abre de repente no céu.

Não minto, não minto quando digo que te amo.
Se querem derrubar o meu amor, saibam que
ele arde em chamas vivas e em águas geladíssimas
e profundas como o oceano.

O meu amor só pode ser o oceano, 
indo e vindo, jorrando espuma e peças 
de navios naufragados. O meu amor só pode ser
água viva, só pode ser vento que passa pela janela
sacudindo a casa feita de madeira, estremecendo
as lágrimas que descem no rosto. 

Não minto, não minto quando digo que te amo.
Alguns me creem mentiroso. Não importa.
Nunca me importei com as algazarras frias.
Eu sou simplesmente um marinheiro amoroso
perdido na terra, enterrado na areia, esperando
o navio do teu corpo me buscar, imóvel na praia.
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(foto: ilustrativa) 

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