segunda-feira, 20 de maio de 2013

uma pecita...


cena 1

poeta:

você é o meu sono meu amor meu terno meu ternoamor minhas dores você é minha dor de cabeça: você é minha chama...

amada:

se eu sou tudo isso eu não sou isso eu sou tudo isso é o que eu sou eu sou o que você diz que eu sou e o que você diz que eu sou eu não quero eu sou o que você diz mais você continua chovendo no espaço/tempo de meus sentimentos e eu te pergunto: quem é você?

poeta:

sou o seu amor jogado no mar do nada... dos teus seios canto mel de poemas líricos e meus sofrimentos são versos... ternos... 

amada:

belas, mais tão vãs palavras...

poeta:

e você continua a não entende-las/nãoquerercompreendê-las/nemsequerousaslê-las!

cena 2

o fogo: eu queimo o papel eu me apago na água eu queimo queimo eu queimo e o vento me leva a onde ele quer.

boi: meus ossos estão enterrados no pasto! Estou mugindo com a solidão... o homem no campo vêm para a cidade: sonha, coitado, e ainda não sabe nem o bê,a, bá!

sertanejo: an...?

capiau paulista: an...?

capim: eu sou comida de boi, vaca, cavalo, mais as chamas do fogo me assustam e me escure: queimado me torno. 

cena 3

poeta: e é assim que termina esse derramamento de ação: que dou o nome de Em boca fechada não entre Mosquito ou Torturas de um Coração...

cortinas rapidamente...

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