cena 1
poeta:
você é o meu sono meu amor meu terno meu ternoamor minhas dores você é minha dor de cabeça: você é minha chama...
amada:
se eu sou tudo isso eu não sou isso eu sou tudo isso é o que eu sou eu sou o que você diz que eu sou e o que você diz que eu sou eu não quero eu sou o que você diz mais você continua chovendo no espaço/tempo de meus sentimentos e eu te pergunto: quem é você?
poeta:
sou o seu amor jogado no mar do nada... dos teus seios canto mel de poemas líricos e meus sofrimentos são versos... ternos...
amada:
belas, mais tão vãs palavras...
poeta:
e você continua a não entende-las/ nãoquerercompreendê-las/ nemsequerousaslê-las!
cena 2
o fogo: eu queimo o papel eu me apago na água eu queimo queimo eu queimo e o vento me leva a onde ele quer.
boi: meus ossos estão enterrados no pasto! Estou mugindo com a solidão... o homem no campo vêm para a cidade: sonha, coitado, e ainda não sabe nem o bê,a, bá!
sertanejo: an...?
capiau paulista: an...?
capim: eu sou comida de boi, vaca, cavalo, mais as chamas do fogo me assustam e me escure: queimado me torno.
cena 3
poeta: e é assim que termina esse derramamento de ação: que dou o nome de Em boca fechada não entre Mosquito ou Torturas de um Coração...
cortinas rapidamente...
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