segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

soneto em fragalhos


O sonho já é uma lembrança
Apagam-se os olhos, as cores, as estrelas.
Resta em algum lugar uma única coisa
que não é esperança e nem sequer tristeza.

Se seus braços fossem feitos de ouro maciço
nem assim segurariam-me: atravesso a rua
como um cão abandonado. Não é triste ver
a lua, e não é triste não saber descrever a lua.

E esse sonho que vem e vai
e quando chega me abandona sem piedade.
E se fosse amor em abundância

Eu saberia lhe dizer que
De tudo o que me fere
só resta-me esse sonho em forma de lembrança

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