para a sombra dela, m, que passou por minha alma
turva voz
que se perde
nas selvas
nos morros das favelas
nas cidades
nas casas
há nuvens brancas
no céu que se tornam
lindas tempestades
pequenas gotas serenas
caem em nossos rostos
selvagens e latinos
a menina hispânica fala comigo
na empresa imperialista
onde trabalhamos como
escravos para ganharmos o
pouco
trabalho
trabalho
trabalho
e o suor fala alguma coisa
alguma coisa
que some
que late
que vira uma sombra
e por fim
adormece
no meu peito
e no seu coração
azulado.
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