Sob os arcos do tempo, em luz dourada,
O harém de príncipes, em segredo, dança.
Nos jardins do poder, a chama abraçada
Queima em versos de amor, pura lembrança.
Os sábios tecem cantos à noite estrelada,
Onde os corpos se unem, sem temer a herança.
Nas taças de vinho, a paixão desvelada
Bebe a essência do que a história alcança.
Oh, Al-Andalus! Teu véu de seda fina
Cobre e revela os gozos proibidos,
Enquanto os astros sorriem à cortina.
Mas o vento levou teus nomes queridos,
E só resta na sombra, leve e divina,
O eco de um riso, em versos perdidos.
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