quinta-feira, 15 de maio de 2025

Soneto de Al-Andalus



Sob os arcos do tempo, em luz dourada,  

O harém de príncipes, em segredo, dança.  

Nos jardins do poder, a chama abraçada  

Queima em versos de amor, pura lembrança.  


Os sábios tecem cantos à noite estrelada,  

Onde os corpos se unem, sem temer a herança.  

Nas taças de vinho, a paixão desvelada  

Bebe a essência do que a história alcança.  


Oh, Al-Andalus! Teu véu de seda fina  

Cobre e revela os gozos proibidos,  

Enquanto os astros sorriem à cortina.  


Mas o vento levou teus nomes queridos,  

E só resta na sombra, leve e divina,  

O eco de um riso, em versos perdidos.









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