Entre sombras e luz, teu corpo dança,
Um véu de ambiguidade te envolve,
Não homem, não mulher, mas graça que avança,
E o tempo, em vão, teu mistério dissolve.
Teus passos são versos no chão da história,
Teu riso, um eco de doçura antiga,
Desafia a rigidez da falsa glória,
E a norma, em ti, se faz arte oblíqua.
Oh, flor que desabrocha entre espinhos,
Ninguém te define, mas todos te olham,
Teu ser é um rio sem fim nem caminhos,
E o mundo, perplexo, te cerca e enrola.
Mas segue, dança, rompe o véu da sorte,
Pois és, em ti, o poema mais forte.
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