sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

a dor

 A DOR


De onde vens, dama misteriosa,

Que faz ranger esse coração com

Sombras estranhas e frias,

E as pernas bambear trêmulas...


Vêns de onde, de outras eras,

Carregada de químeras, de delírios,

Sonhos de felicidade tanta...

A dor me acompanha...


Que misterioso chapéu estrelado

É esse que de ti pulsa em meu ser

Todo estraçalhado e sem prazer.


Ah, mira a solidão imensa,

Do ser que morre sem alívio.

Pois tu é da vida a própria sentença.

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