Ondas Mágicas
Ondas Mágicas
Dorme as águas profundas
Em um estado cósmico de sonhos.
É preciso seguir o rio.
Ondas Mágicas profundas
Adormecem além das montanhas.
É preciso seguir o rio.
Uma pequena fada de
Asas claras e olhos verdes
Canta refrões numa língua
Misteriosa e mística.
Nessas ondas existe mágicas.
E é preciso seguir o rio.
Perplexo
Se sonho
há um complexo
no infinito durmo
rodeado
de sol
e de estrelas
o espaço
me limito
ao sonho
e a sonhar.
Nós dois
Ela é uma estrela
De olhos verdejantes
Quando nós dois
Do céu ao infinito
Sonhamos juntos.
Os espelhos
De espelhos nascem o
Sonho camuflado de som.
Não há nada no sono
Se não a voz muda do não.
Dormem os olhos e se
Refletem o outono em folhas.
Tristezas de metal
E arestas de outro ser.
Os espelhos são desertos
E silenciosos quando narciso
Não se reflete.
Por isso as lágrimas
São as furiosas palhas
E o sol é apenas uma lua de fogo.
Jasão e Marisa
Jasão
Mas Marisa, aquelas pedras não podem falar.
Marisa
Não há segredo na vida que não seja apregoado nos telhados, aprendi isso na
minha infância entre cabras e árvores.
Jasão
Aquela foice carrega o trigo.
Marisa, aquele cemitério é o esquecimento.
Marisa
Minhas mãos não podem brotar
outro filho que não seja Jacó, ou Esaú.
Jasão
Deixe que a morte responda as questões da vida.
Marisa
E se o mar fica distante, onde vou orientar o navio do meu coração de mulher ?
Jasão
Marisa. As flores não falam e as pedras não choram.
A morte
A morte é uma foice
Sem ternura de metal.
Uma bomba no jardim
Uma fruta sem açúcar.
A morte é um rio
Que segue ao litoral.
A morte é um livro
É a cinzas do paraíso.
Sem ternura
Santiago de Compostela
Um campo de estrelas
O vazio de um rio
Cheio de
Peixes prateados de
Mouros e Açucenas
Santiago
Sonhei com um tesouro
Nas pirâmides egípcias.
No entanto era no meu
Coração que ele repousava
Intacto
Dos sonhos antigos
Dos sonhos eu sou o teu amor.
Existe
Existe um amor pousado nos meus olhos
por ser um sino ele dorme com o ruído do mar e por ser trigo ele dança ao vento do poente
sem se importar com os espelhos de outrora.
Dorme no quarto um coração aflito
sempre fazendo orações as belas rosas.
Existe um arcanjo de asas de petróleo
encarando o touro furioso da morte.
Na cidade existe a água e o deserto
e a lua já não existe por pura conveniência.
O marfim do mar fere o navio
e no ritmo dos pássaros o sol levanta.
Certa vez
Vou adormecer com a noite,
Se o teu coração já não me pertence
Que as estrelas e o poente
Acalmem minha alma doce.
Que olhos me guiarão
Agora nesse escuro abismo?
Se Dante tem Beatriz
E eu não tenho mais ninguém?
Faz frio e o outono diz
Que estas longe de mim.
E por que canta o nilo?
Atravessou a estrada
Molhado de saudade.
E encontro o silêncio em teu lugar.
Adormecer
Se adormeces a
Voz do rio sombrio
Nada mais canta.
Onde estará
O sino que acompanha
O mar ?
Força
A verdadeira força
É o amor
Infinito.
Terra de Myrkur
Nas ondas do Mar
Prateada luz da Aurora
Chama pelas gaivotas
Nos campos de Cellëbror.
Ali no poente hostil
Dormiu a sombra de
Um rei um enorme Dragão.
Ao alçar o vôo com fogo
Seu rugido acordou a todos.
Elfos e Homens se uniram
Contra o Largato gigante
Do Mundo Antigo de Myrkur.
Ruínas deixou esse Dragão
Reinos, bosques, em grande
Desolação e Solidão.
Com armas guerreavam os
Guerreiros valentes, contra a fera
De Coração inclemente.
Tombou o Dragão na
Flecha de Peregrin Aquiles.
Seu riso virou grito,
Suas asas estalaram.
O Dragão foi vencido e
Para o chão foi arremessado.
Com espadas e machados
A fera foi degolada.
Seu fogo se extinguiu
Na escuridão inominada.
Houve paz no Mundo
Ao Norte de Myrkur.
Tudo
Nos becos onde
Dorme o coração
Calado de asas
Ali se põe o mar
O céu o sol o dia.
Amor
Minha flor de tulipas
Minha girassol de oceanos.
Exílio
nos meus exílios
há um sonho complexo;
santiago vencemouros
carregado de estrelas por
um campo cheio de oceanos.
Habitualmente sonho
Uma criança brinca com
A eternidade nas mãos.
Um sol percorre os olhos
Egípcios do horizonte.
Chove a dança da chuva
E um touro espanhol
Colhe espigas e caracóis.
As abelhas e o mar
Abelhinhas do campo
Produzindo o mel
De flechas de colher.
Abelhinhas, não se cansam,
E o mar dança, dança, até
Espumar as ondas.
Término
E termina aqui
O meu coração
De vidro
De vinho
E nasce e floresce
E cresce e decresce
E vira a lua e o tigre
O espelho de mim
O alface a estrela
O sol a pirâmide
Campos e vigas
E tudo pulsa de
Morte e tudo se
Encanta de
Vida.
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