segunda-feira, 11 de junho de 2012
De uma poesia sem lirismo
De uma poesia sem lirismo
Aos que dizem necessário, entregar a poesia
a rima, ao mel, ao açucar e ao descomedido,
que pena dizer que esses não sabem nada da poesia viva.
O lirismo não é necessário para que o poema nasça;
A prosa na poesia são primas-irmãs se abraçando (e
estão reclamando?).
Aos que dizem necessário rimar amor com dor,
não sabem o quando se enganam: é necessário trazer
trovoadas, rajadas, chuvaradas
força bruta ao poema. Tirar o açucar
com o melhor cuidado (não o deixando refinado
mais deixando-o vivo, inteiro e salgado).
Aos que dizem que o poema tem que ser lirico
para se entregar poéticamente a poesia
há uma saídade: pular com o poema de para-quedas
sobre o espaço aberto e desalinhado
com o fogo a rodar sobre o corpo.
E aos que acham que o lirismo verdadeiro
é o que tem açucar e não tem sal
precisam visitar mais o mar para se entregar
ao sabor salgado
do versos alinhado (não rimado)
feito com total cuidado (para que não seja desperdiçado).
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