terça-feira, 18 de novembro de 2025

onde eu vou lá ela está

onde eu vou lá ela está

parece sambinha de esquina

que volta na contramão do vento

só pra me pentelhar a alma


quem me derá

amar o rio de janeiro

ou são paulo

como quem abraça a própria sina

e diz “vai ficar tudo bem, meu filho”


mas dona sinhã

me deixou no caminho nu

sem camisa, sem rumo

e com a cara no meio da chuva


devo chorar por causa disso?

sei lá

talvez eu só precise cantar baixinho

ficar amigo do tropeço

e esperar que o amor

resolva voltar pelo mesmo beco

onde me perdeu.


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