Ó raça que se crê predestinada,
Feita de barro igual ao barro infame,
Que se orgulha de um título sem nome
E se ajoelha ante a própria alvorada!
Deus vos teria dado a mão sagrada?
Ou foi a morte que vos fez a fome?
Pois toda carne apodrece e não some —
Sangue e vermes são a mesma jornada.
Na pútrida ironia do destino,
O verme é o sacerdote mais divino,
Que vos nivela em sua comunhão.
E o “escolhido”, em sua fé perdida,
Descobre — na matéria dissolvida —
Que é pó, como qualquer outro, no chão!
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