Escrever é um ato de guerra. Escrever é um ato de coragem. Por isso muitos militares temem mais a caneta do que a bala de uma arma, porque escrever pode despertar as pessoas de seu sono torpe. Eu escrevo por vocação. Quando sinto o fluxo das palavras invadindo meus dedos tenho que me sentar e começar a escrever, seja com caneta, lápis, ou na frente de um computador. Posso escrever de memória na mente muitos poemas, crônicas, mas elas se perdem, e sei que o mundo fica mais pobre por isso. Não porque eu seja um gênio, não, é apenas porque as palavras são belas e têm poderes sobrenaturais. Um eu te amo pode amolecer qualquer coração endurecido. Um adeus pode fazer uma mãe chorar. Um olá pode ser o início de uma linda amizade. Então escrever é um ato social, um ato de responsabilidade. Quando eu fui jornalista fiquei petrificado pelo fato do dono do jornal da minha cidade ser contra a escrita de grandes textos. Às vezes sei muito bem que um texto pequeno pode ser lido rapidamente, mas o tamanho de um texto não condiz com o fato de que ele será entendido. Ou seja, era um jornalista que prezava pela máxima da conceição. É verdade, às vezes eu vejo que sou muito conciso, não por causa dessa adaptabilidade do meu serviço de jornalista, mas sim porque a vida é concisa, mesmo eu sendo tão prolixo. Gosto de ler novos escritores e escritores de outros países, de me imbuir de ideias; gosto de pensar que sou um tipo de henry miller jovem, ou sei lá, um krishnamurti da literatura. São nomes que muita gente desconhece, e que por causa do meu amor e da minha amizade com os escritores tive a honra de conhecer, descobrir, enfrentar e escrever sobre. Escrever é um ato de paz, de ternura. Escrever não é dizer para quem seja o que sinto, e sim é isso o que vejo. Escrever é revelar a beleza, amar e ser amado. Escrever é viver.
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