EM MEMÓRIA DE GONGORA
Em tuas palavras a Espanha viu
as alturas da gloria e a gentil derrota.
E tu, que escrevias ante o fogo
pequeno de fogueira sem jornal,
ao meditar entre o frio e a idade,
a sociedade, as miserias, as fomes,
tu, Sacerdote que viste tudo,
dos prazeres aos terrores.
Traicionado por a vida, ou melhor,
pelos homens maus de Corte.
Não estava em tuas miserias
a tua Nação invencivel realizadas
em ti mesmo, igual espelho?
Jovem e velho Gongora,
em teus poemas me leio.
E choro, e canto, e suspiro,
e te dedico tal breve lamento.
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