Na vasta
escuridão de murmurante sonhos
Vislumbro
a figura solitária de um Rei.
Sua coroa
é de ferro, e de ouro seu cetro.
Sua
barba, outrora ruiva, branca reluzente,
Lembra as
nuvens que brilham no céu.
O trono
onde se assenta tem um símbolo:
Duas aves
que se tocam ao contrário.
Meus olhos querem chorar ao vê-lo,
Pois sei que vou esquecê-lo quando acordar.
Será que no imenso constelar de planetas
Tal Rei enigmático também sonha comigo?
Assim como sonhou um poeta em ser
Uma borboleta?
E ao ver minha figura refletida no fogo
De seus sonhos de ferro e mandamentos,
Ao despertar tal Rei pergunta sincero:
Por que sonhei com tal mancebo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário