quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Como se fosse um descanso
Olhemos para a noite que acaba
e que nos espanta sem motivo nenhum,
enquanto atravessamos a linha do trem
sem movermos nenhuma peça do xadrez
(porém, a vida nos joga sem piedade).
A lua atravessa a janela dos olhos
como se fosse a sombra de um claro tigre que nos persegue.
Envolto em trevas as estrelas bailam suas danças antigas de
quimeras perdidas. Olhemos.
O trem anuncia sua passagem por essa cidade,
as pessoas que farram suas horas amargas não sabem
que a aranha lenta que espera a mosca em sua teia medita
com o filosofo sobre questões da existência.
A noite é fria e o vento passa pelas frestas dos telhados,
anunciando que fará calor nas próximas horas do dia
enquanto trabalhamos (e a recordação das piramides
nos anima como o descanso no Paraíso.
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