Olhei o mar profundo.
E, em suas ondas,
pude ver a minha
alma talhada na
água tão funda.
Olhei o mar.
Pedi, em silêncio,
a sua ajuda.
Não ouve nenhuma
resposta. Silêncio
Divino.
Passou a chuva.
Deixei o mar
para outros que para lá fossem.
Vi os sonhos, o sol, as peles negras,
vi o desejo de virar areia,
nasci e renasci como fênix
e em silêncio orei o shemá.
Hoje o mar
já não se avista
da janela.
Hoje distante
de tudo e de
quem tanto amei.
Hoje em silêncio
não choro porque
não mais existo.
Além do mar só existe o mar.
Obrigado.
É só isso.
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