Nascimento 🌄🌅🐟
O dia nasceu,
com poucos cravos,
muitos caramelos,
as janelas fechadas
por causa dos vampiros
foram abertas,
e o rio suspira
com a ajuda do vento.
Do lado esquerdo do
peito uma imensa campina
suaviza suas flores com
o mel elegante das abelhas:
é a saudade intricada
ao corpo como um cogumelo,
é a lembrança de que a verdade
não nos pertence
e que voltamos ao pó
porque o sol nos queima.
O dia chora seu nascimento,
colhendo grãos, fermento,
a areia do topo da vida
é a visão do tempo que
temos. Andamos como
caranguejos na cidade
nos automóveis, nas casas,
somos potros, lembas, coelhos.
Passamos pelo porto sem saber
se o rio nos sauda ou se ele apenas
diz ao dia amarelo que respiramos:
bom dia, vida.
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