domingo, 4 de fevereiro de 2018

DIVISÃO


E não será para sempre
que a chuva irá molhar
os campos orvalhados
dos bicos dos teus seios
de laranja noturna.
Em cima das nossas
cabeças dança inúmeras
nuvenzinhas em forma
de querubins cantando
com a voz de lutero
por dentro da divisão
messiânica do Cristo.
E o nosso amor
solucionado por
meros touros e cavalos
ficou debaixo da figueira,
esquecido dos mapas
e dos livros de geografia.
Porque eramos antigos
não nos somaram nas contas,
não dividiram nossos lírios,
não aqueceram nossa boca
com os beijos dos gafanhotos.
Porque o sol queima a terra
e as cinzas consomem nossos
olhos nós vamos contando
os montinhos em forma de
nádegas, durezas do cristal
desse amor que celebramos
entre as flechas e a morte.
Dá-me tua mão, tempestade,
e o teu amor irá direcionar meu coração.
Mas dá-me tua mão, dá-me tua mão,
e descansara em teu coração o meu
coração!

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