quarta-feira, 1 de junho de 2016

sofrimento


Quando falo
falo das coisas
que giram ao meu redor.
Quando falo
não escuto minha voz.
Voz metálica de pelicano
apaixonado.
Quando falo
o silêncio ecoa
por minha gargante.
Quando falo
todas palavras
que saltam como estrelas
compõem o espaço do meu poema.
Quando falo
o mar se agita
tuas mãos me tocam
a manhã surge entre
névoas tristes e relâmpagos sonolentos.
Quando falo
atravesso uma pequena
casa feita de sonhos.
Quando falo
tudo muda.
Quando falo
uma pequena lágrima
bate palma se espalhando
pelo meu rosto metálico
de pelicano...

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