quarta-feira, 1 de junho de 2016

Começo


E começo aqui
como um martelo.
E desprego tudo o que eu disse.
Que ninguém me leia, que ninguém me entenda.
Não quero ser visto por nenhuma estrela.
E começo aqui.
E o mar se finda nesse começo.
E atravesso os campos verdes
sozinho como o capim, alegre como uma raposa.
E começo aqui
como o meio-dia.
Começo sem vento, sem tristeza.
Ali está suas mãos me acariciando o rosto.
Não há nada além do que jardins sem flores
nos acompanhando no escuro.
Infinito, começo por aqui.
Agora, se não querem me entender,
que não entendam.
Meu fim é o meu próprio começo

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