terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
para o mar
Levanto as mãos,
levanto os br
aços
levanto
os olhos
levanto
as pe
dras
os
mu
ros
os
aç
os
par
a
al
can
çar
teu
cor
ação
debulhado
notrigo
do amor.
por
ém
es
tou
in
do
e
o
n
d
evou
não
podes
me seguir
ou poderás?
vou
indo
vou
par
ao
m
a
r
desatei minhas rimas
ao seu coração e desatei
minhas mãos em suas mãos
e nenhuma lágrima partiu de
mim e nenhum soluço partiu
de donde? para onde? para o
mar o que? mar onde? lá? para?
ah amor, o que te dizer o que te falar?
minhas vírgulas são péssimas, meu português
é péssimo, o escrever é péssimo, o meu ditar é péssimo
só me sobra erguer os braços e partir partir
para onde? para o
mar o mar aonde? lá? para? quê?
mais de uma vez, penso: seria melhor esperar?
ou o que me resTa?
Levanto as mãos,
levanto os br
aços
levanto
os olhos
levanto
as pe
dras
os
mu
ros
os
aç
os
par
a
al
can
çar
teu
cor
ação
debulhado
notrigo
do amor.
por
ém
es
tou
in
do
e
o
n
d
evou
não
podes
me seguir
ou poderás?
vou
indo
vou
par
ao
m
a
r
levanto os br
aços
levanto
os olhos
levanto
as pe
dras
os
mu
ros
os
aç
os
par
a
al
can
çar
teu
cor
ação
debulhado
notrigo
do amor.
por
ém
es
tou
in
do
e
o
n
d
evou
não
podes
me seguir
ou poderás?
vou
indo
vou
par
ao
m
a
r
desatei minhas rimas
ao seu coração e desatei
minhas mãos em suas mãos
e nenhuma lágrima partiu de
mim e nenhum soluço partiu
de donde? para onde? para o
mar o que? mar onde? lá? para?
ah amor, o que te dizer o que te falar?
minhas vírgulas são péssimas, meu português
é péssimo, o escrever é péssimo, o meu ditar é péssimo
só me sobra erguer os braços e partir partir
para onde? para o
mar o mar aonde? lá? para? quê?
mais de uma vez, penso: seria melhor esperar?
ou o que me resTa?
Levanto as mãos,
levanto os br
aços
levanto
os olhos
levanto
as pe
dras
os
mu
ros
os
aç
os
par
a
al
can
çar
teu
cor
ação
debulhado
notrigo
do amor.
por
ém
es
tou
in
do
e
o
n
d
evou
não
podes
me seguir
ou poderás?
vou
indo
vou
par
ao
m
a
r
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
VERSOS DESPROVIDOS DE EMOÇÃO SINCERA
VERSOS DESPROVIDOS DE EMOÇÃO SINCERA
uma menina. One girl. Una chica.
Sí. Pero un pájaro blanco me falou
na noche oscura de tus ojos bellos:
_DeixA, eLa GosTa de outro!
uMa menina; claro que ela é
one girl. Uma chica. Uma menin.
Sí. Pero, me gusta tus ojos oscuros
y la noche oscura también me gusta.
E que mais? Uma girl, una chica, um
Banco imobiliário de amor. QUE SE PASSAS?
o rio
o rio do negro o rio do branco o rio
ε riam em ουτrα lígγυα
mιsτεριóSα
το ποτάμι μαύρο ποτάμι άσπρο ποτάμι
e cantavam como
livres
pássaros
الطيور
ε riam em ουτrα lígγυα
mιsτεριóSα
το ποτάμι μαύρο ποτάμι άσπρο ποτάμι
e cantavam como
livres
pássaros
الطيور
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Ver respostas abaixo.......alimón entre gabriel e idevair
O que pensa o sol quando está nos queimando?
Que está apenas nos aquecendo.
O que pensa a terra quando a chuva caí-lhe no corpo?
Que é hora do banho.
E quem moverá os ossos dos mortos para o inferno?
Cada um levará seus ossos...um de cada vez.
Quem decide a alegria do cachorro?
Um osso....ou uma cadela.
Pode um gato ser um rei egípcio?
Sim, sendo um jovem filho de um faraó. Pelo menos assim pensavam as gatinhas de então.
Mais de onde vêm as religiões dos ratos?
Foram inspiradas no livro: Quem roubou meu queijo.
E quem descobriu o oriente antes dos japoneses?
Esta eu nissei.
Quando vai dormir as estrelas dos teus olhos?
Quando o Sol surgir.
Terão os tubarões pesadelos com os homens?
Claro...Sonham que vão ser transformados em óleo de fígado de tubarão.
E QUEM guarda a alma do vagabundo iletrado?
A sarjeta...um banco de praça...um trono no além...
Quem é o eu para se desprezar tanto?
Um ser consciente.
Qual é o canto do nada?
Um é o "n" e o outro o "a".
O que gosta de fazer o vazio no escuro?
Espreguiçar-se.
O criador é um tímido excêntrico?
Sim, por falta de convívio com outros Criadores.
O que faz dançar as nuvens no céu?
Música.
De onde surgiu tantas lágrimas no oceano?
Do choro dos homens.
O que sabe o homem do perfume que é levado pelo vento? Poderá entende-lo?
Ao seguir o perfume o nariz encontra a mulher. Se ela for de outro, então um soco também encontra o nariz.
Quem ensinou os idiomas dos rios negros?
São dialetos ensinados pela mãe África.
E do que ri a cerveja enquanto está sendo engolida?
Ela está bêbada, mas sabe que ficará sóbria quando deixar alguém bêbado em seu lugar. Então ela se tornará como água e voltará ao mar por um longo caminho...Enquanto alguém vai procurar o caminho de casa num atalho mais longo ainda.domingo, 16 de fevereiro de 2014
A noite
As montanhas são desfeitas,
e a luz do sol desce pelo campo.
Irão fugir para o amor,
Salta a noite para todos.
Assim é a vida amor,
Assim é a vida, amor,
Uma flor debruçada em teus braços.
E a poesia é um fogo
E nossas almas queimam.
Assim é a vida, amor,
Uma lua calma, um sol
Que se perde no horizonte
Dos teus olhos suaves e escuros.
Assim é a vida, amor.
Percorremos cada dia
Toda a essência dela
E somente do teu lado
sei que ela dura eternamente.
Flor que rega o comum de beleza,
Amor, assim é teu sorriso,
Assim é teu coração aberto
Como um oceano infinito...
Assim é a vida, amor,
Estranha e comum a teu lado
E nós dois somos estranhos e misteriosos
Sombras da vida, término do início:
Amor, dá-me a chama que eu lhe entrego o hino.
Ode para Andressa
para Andressa Parra
Falavam
teus olhos:
céu e mar
e alguém
para amar.
E caminhamos
pelas areias
do oceano.
Foi tua boca
minha boca,
e teus lábios
o vinho dos
lábios meus.
Tu e eu
como duas
raposas sem
covil,
duas
corujas
cegas e
sem toca.
Teus olhos
cantarolavam
como carambolas.
E os meus dormiam
como um calendário.
Foste minha, e eu fui
Teu, e teu foi meu corpo
E teu corpo foste meu.
Mais tu, andressa, tu
Nada esperava do oceano.
E eu passei por teu corpo
de onda, e tu segurou meu
corpo de baleia triste.
Foste minha e eu fui teu.
E nós dois, amor meu, nos
Amamos diante do azul celeste,
do céu e do mar.
Agora, vai-me e
agora, vou-me,
e para onde vou
deixar meu corpo
de baleia triste?
Tu caminhas,
e eu caminho
e vou-me
até quando, andressa
para longe do teu rosto
de donzela que bebe cerveja?
céu e mar
e alguém
para amar
e o oceano
unindo teus olhos
e os meus, amor meu
em laços, em fogo, em chama.
Outra vez: adeus
Falavam
teus olhos:
céu e mar
e alguém
para amar.
E caminhamos
pelas areias
do oceano.
Foi tua boca
minha boca,
e teus lábios
o vinho dos
lábios meus.
Tu e eu
como duas
raposas sem
covil,
duas
corujas
cegas e
sem toca.
Teus olhos
cantarolavam
como carambolas.
E os meus dormiam
como um calendário.
Foste minha, e eu fui
Teu, e teu foi meu corpo
E teu corpo foste meu.
Mais tu, andressa, tu
Nada esperava do oceano.
E eu passei por teu corpo
de onda, e tu segurou meu
corpo de baleia triste.
Foste minha e eu fui teu.
E nós dois, amor meu, nos
Amamos diante do azul celeste,
do céu e do mar.
Agora, vai-me e
agora, vou-me,
e para onde vou
deixar meu corpo
de baleia triste?
Tu caminhas,
e eu caminho
e vou-me
até quando, andressa
para longe do teu rosto
de donzela que bebe cerveja?
céu e mar
e alguém
para amar
e o oceano
unindo teus olhos
e os meus, amor meu
em laços, em fogo, em chama.
Outra vez: adeus
assim você é
Lábios de vinho, corpo de violão
Cabelos de uvas, olhos de palheta.
Peitos de harpas, mãos de jaulas
Língua de pardal, voz de noite serena
Assim é você amor, assim você é.
Joelhos de cogumelo, orelhas de pantera
Nariz de uva, boca de cerveja.
Pernas de trovão, corpo de tempestade
Assim é você amor, assim você é.
Misturas no teu falar todos os cânticos
E teus olhos me sugam o amor dos ossos.
Só tu é minha, só eu sou teu. Que mais?
Assim é você amor, assim você é.
Cabelos de uvas, olhos de palheta.
Peitos de harpas, mãos de jaulas
Língua de pardal, voz de noite serena
Assim é você amor, assim você é.
Joelhos de cogumelo, orelhas de pantera
Nariz de uva, boca de cerveja.
Pernas de trovão, corpo de tempestade
Assim é você amor, assim você é.
Misturas no teu falar todos os cânticos
E teus olhos me sugam o amor dos ossos.
Só tu é minha, só eu sou teu. Que mais?
Assim é você amor, assim você é.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
por vocês
mais um dia mais um tempo
e você amigo
e você amiga?
vou beber
vou chorar
vou rir
mais uma noite mais umas horas
e você amigo?
e você amiga?
vai beber
vais chorar
vais rir
e eu me vou
e tu se vais
e nós nos vamos
para onde amigo? para a sua filosofia de maricas?
para onde amiga? para dar- o corpo aos pássaros medíocres?
mais uma tarde mais uns momentos
e você amigo?
e você amiga?
choras?
bebes?
ris?
ri de que? da sua políticA?
chora por que? do seu sofrimento?
e bebes por que? quer esquecer o outro?
e nós dois
sabemos
que eu e
você somos
o outro e a amendoeira
e o nada e o tudo e o vinho
eu tomo por você
amigo
por você amiga
e você amigo
e você amiga?
vou beber
vou chorar
vou rir
mais uma noite mais umas horas
e você amigo?
e você amiga?
vai beber
vais chorar
vais rir
e eu me vou
e tu se vais
e nós nos vamos
para onde amigo? para a sua filosofia de maricas?
para onde amiga? para dar- o corpo aos pássaros medíocres?
mais uma tarde mais uns momentos
e você amigo?
e você amiga?
choras?
bebes?
ris?
ri de que? da sua políticA?
chora por que? do seu sofrimento?
e bebes por que? quer esquecer o outro?
e nós dois
sabemos
que eu e
você somos
o outro e a amendoeira
e o nada e o tudo e o vinho
eu tomo por você
amigo
por você amiga
tanto e pouco
Te quero pouco
te quero tanto
e não te quero.
Quero sim sentir
o vento,sentir o
passar das mãos
amigas, e não
dos amigos falsos.
E quero pouco
E te quero, e não
te quero e não me
queres, e não precisas
me querer: canto e
voo sem destino,
por entre rostos
e gentes, políticos
e assassinos...
Pouco é você pra mim
com teus olhos de lagostas
com tua curva de cavala.
Tanto é você pra mim,
que me enjoou de tantos
braços e tantas caras mortas
e tantos mortos como ti, donzela
morta.
E você não espera os sonhos,
e tens pressa de fazer um filho
saltar-te do corpo. Corpo que
é vivo como a terra solitária.
Pouco e tanto
e ergo a taça do
vinho
por que sou um pássaro
e você queimou meu ninho...
te quero tanto
e não te quero.
Quero sim sentir
o vento,sentir o
passar das mãos
amigas, e não
dos amigos falsos.
E quero pouco
E te quero, e não
te quero e não me
queres, e não precisas
me querer: canto e
voo sem destino,
por entre rostos
e gentes, políticos
e assassinos...
Pouco é você pra mim
com teus olhos de lagostas
com tua curva de cavala.
Tanto é você pra mim,
que me enjoou de tantos
braços e tantas caras mortas
e tantos mortos como ti, donzela
morta.
E você não espera os sonhos,
e tens pressa de fazer um filho
saltar-te do corpo. Corpo que
é vivo como a terra solitária.
Pouco e tanto
e ergo a taça do
vinho
por que sou um pássaro
e você queimou meu ninho...
ORAÇÃO de poeta
Eu machuquei meus olhos
quando
te vi.
E quando machuquei-os
eu feri
minha
alma.
Entenda: ninguém sabe
quem eu sou.
Mas quem
sou? Eu sei!
Pão e violão
Pão e leite
Pão e guitarra
Pão e teus lábios
Quero,, necessito
Preciso de nada, de ninguém, de todos, amém.
Só que eu preciso um pouco de alegria, de cânticos
E você me lê os versos?
E eu machuco meus olhos
quando
vejo todos
e ninguém.
Amém!
quando
te vi.
E quando machuquei-os
eu feri
minha
alma.
Entenda: ninguém sabe
quem eu sou.
Mas quem
sou? Eu sei!
Pão e violão
Pão e leite
Pão e guitarra
Pão e teus lábios
Quero,, necessito
Preciso de nada, de ninguém, de todos, amém.
Só que eu preciso um pouco de alegria, de cânticos
E você me lê os versos?
E eu machuco meus olhos
quando
vejo todos
e ninguém.
Amém!
meus ossos
meus ossos
são teus
olhos
olhos
de ossos
meus ossos
são
da plena
vulgar
bela
tris
tez
a
e
e
s
c
u
ridão
meus ossos
são teus
olhos
coração
Senhora minha bem-querida
Senhora minha bem-querida
que em nenhum momento
falte para nós o puro amor
o puro amor duro e suculento
O amor que é feito de pão e
manteiga, entregue como astros
aos olhos (os teus suaves como
uma gazela).
Senhora minha bem-querida
para onde vou vais e onde estou
não quero perder tua triste companhia
pois é você o que incomoda os olhares amaldiççoadores.
Não que eu não te queira
Assim como me queres e quero.
Não finja ser o que não é minha formiguinha.
Amor, senhora minha bem-querida
Que outros cantem com seus cantos
De metralhadora
Que eu continuo cantando teus olhos
puro como o leite,
puros como o pão.
que em nenhum momento
falte para nós o puro amor
o puro amor duro e suculento
O amor que é feito de pão e
manteiga, entregue como astros
aos olhos (os teus suaves como
uma gazela).
Senhora minha bem-querida
para onde vou vais e onde estou
não quero perder tua triste companhia
pois é você o que incomoda os olhares amaldiççoadores.
Não que eu não te queira
Assim como me queres e quero.
Não finja ser o que não é minha formiguinha.
Amor, senhora minha bem-querida
Que outros cantem com seus cantos
De metralhadora
Que eu continuo cantando teus olhos
puro como o leite,
puros como o pão.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Quatro fragmentos
I
Amor...
Quem cala agora a solidão do coração?
Quem cala todo o sofrimento dos astros
Que cintilam distantes e gélidos em sonhos.
Quem...?
II
Quero que
seja apenas
você a amar.
E o mar?...
Dane-se
ele e seu
tenebroso
corpo de
água com
algas. Não
o teu corpo.
Vêm
Com ele
em forma
de
sereia
que tu és.
E banha-me
com o óleo
da tua cauda
porque devoro-te
como qualquer baleia...
III
Nua
és tão simples como a castanha.
Coberta
parecer mais uma bailarina triste
do que uma apaixonada amante.
Nua
carregas dois seios como navios solitários no atlântico.
Coberta
lembras o castor tímido que passeia pelo dique que construiu com a madeira
das árvores solitárias...
IV
Ai amor, é só isso o que me sobra. E quase nada tenho. Adeus.
Amor...
Quem cala agora a solidão do coração?
Quem cala todo o sofrimento dos astros
Que cintilam distantes e gélidos em sonhos.
Quem...?
II
Quero que
seja apenas
você a amar.
E o mar?...
Dane-se
ele e seu
tenebroso
corpo de
água com
algas. Não
o teu corpo.
Vêm
Com ele
em forma
de
sereia
que tu és.
E banha-me
com o óleo
da tua cauda
porque devoro-te
como qualquer baleia...
III
Nua
és tão simples como a castanha.
Coberta
parecer mais uma bailarina triste
do que uma apaixonada amante.
Nua
carregas dois seios como navios solitários no atlântico.
Coberta
lembras o castor tímido que passeia pelo dique que construiu com a madeira
das árvores solitárias...
IV
Ai amor, é só isso o que me sobra. E quase nada tenho. Adeus.
Vai e levas seu sonho como uma roseira,
Ou deixe-o parado na manhã que entra.
Mostre-O para mim ou para ninguém
Apenas entre
Eles não vão me encontrar
Só que ela parece uma menina com amor profundo
Profundo como o céu, o cosmo e o oceano.
Vai carregas com seu braço de roseira o seu sonho.
Ventos vão e voltam
Como ondas desesperadas
E teu riso de espuma me espanta
E quem chega canta
E depois dorme como
Ondas desesperadas.
Ou deixe-o parado na manhã que entra.
Mostre-O para mim ou para ninguém
Apenas entre
Eles não vão me encontrar
Só que ela parece uma menina com amor profundo
Profundo como o céu, o cosmo e o oceano.
Vai carregas com seu braço de roseira o seu sonho.
Ventos vão e voltam
Como ondas desesperadas
E teu riso de espuma me espanta
E quem chega canta
E depois dorme como
Ondas desesperadas.
O que pensa o sol quando está nos queimando?
O que pensa a terra quando a chuva caí-lhe no corpo?
E quem moverá os ossos dos mortos para o inferno?
Quem decide a alegria do cachorro?
Pode um gato ser um rei egípcio?
Mais de onde vêm as religiões dos ratos?
E quem descobriu o oriente antes dos japoneses?
Quando vai dormir as estrelas dos teus olhos?
Terão os tubarões pesadelos com os homens?
E QUEM guarda a alma do vagabundo iletrado?
Quem é o eu para se desprezar tanto?
Qual é o canto do nada?
O que gosta de fazer o vazio no escuro?
O criador é um tímido excêntrico?
O que faz dançar as nuvens no céu?
De onde surgiu tantas lágrimas no oceano?
O que sabe o homem do perfume que é levado pelo vento? Poderá entende-lo?
Quem ensinou os idiomas dos rios negros?
E do que ri a cerveja enquanto está sendo engolida?
aranha
aranha
蛛
a pequena
ela na mesa
o pequeno
não vai es
magar ela
com seus
dedos, diz
o horientalmem
com quem converso
e ela é tão bonita
que nem se importa
se você ou eu a esmague.
resposta a Huidobro
Nenhuma folha se move
só o silêncio recorre ao
barulho estupendo:
o poeta não é nenhum
pequeno deus. Só copia
o que já existe. Só
há sangues, sombras,
suamos o versos
travamos a batalha
o sonho é o nada
o poema é o tudo.
só o silêncio recorre ao
barulho estupendo:
o poeta não é nenhum
pequeno deus. Só copia
o que já existe. Só
há sangues, sombras,
suamos o versos
travamos a batalha
o sonho é o nada
o poema é o tudo.
surrealist moment
Quero sonhar
delirar com todo prazer
desfrutar os raios ilusórios da vida
passear pela avenida larga
do país do presidente vargas.
Ir levando meu espírito até
os vales dos ossos secos
deglutir e degrinir a imagem
dos heterossexuais e exaltar
o poder dos homossexuais.
Segurar as rotas das alegrias
sentir as tristezas dos amaldiçoados
Cascar o bico dos seres vivos, das
rãs em plena cópula e dos soldados
em pleno extase de macumbaria.
Quero sonhar, falar besteiras, delirar asneiras
deitar num seio moreno de uma loira ruiva.Sentir os amores vivos
despertando longe, tão longe quanto o céu, quanto Deus.
E mesmo assim, depois desse sonho, quero dizer que
Não vivi nem metade do que gostaria de viver.
Depois eu sorriria e gritaria: eta vida besta, meu Deus!
fotografias do agora
Esses idiotas sem sentido de rimas
Buscando seus miseráveis empregos
Carregados de mágoas e loucuras
Sendo fotografados pelo destino.
Eles entendem que a vida é um hiato
não querem mais visualizar a lua nem
o sol nem as estrelas. Nenhum astro.
O brilho da televisão os contenta.
Eles estão mortos, e sabem disso...
Mesmo assim, sonham com mulheres
com bebidas, com festas, com alegrias eternas.
Sim, pois toda alegria é eterna e toda tristeza é pura!
Mas as rimas sustentáveis do metabolismo poético
esse despreza as flores, os animais, os humanos.
Essa simplesmente existe por existir e a nos zombar:
somos fotografias do agora!
Onde estava?
E
onde estava
o sol do seu
corpo
para me queimar
a fronte humana
d' minha cara quando eu
de madrugada caminhava?
Onde estava
os raios e os
relâmpagos
dos seus sorriso
para me alimentar
em forma de pão
o triste e imenso
coração?
Onde estava se nome?
Onde estava suas pernas?
Ah, pernas de mulher, puramente
As mais belas pernas que já vi...
Não que não haja pernas como as
suas em outros lugares, em outros mares...
Sei que há...
Só que as
Suas
galopam
como cavalos
endoidecidos.
Onde estava?
Em que caverna?
Em que montanha?
Em que céu distante de meu corpo suado de homem desesperado?
Onde estava seu corpo, amada minha? Onde estava você
Quando me quis a terrível melancolia devorar-me e fazer-me sangrar-me
Nas areias d' minha poesia?
onde estava
o sol do seu
corpo
para me queimar
a fronte humana
d' minha cara quando eu
de madrugada caminhava?
Onde estava
os raios e os
relâmpagos
dos seus sorriso
para me alimentar
em forma de pão
o triste e imenso
coração?
Onde estava se nome?
Onde estava suas pernas?
Ah, pernas de mulher, puramente
As mais belas pernas que já vi...
Não que não haja pernas como as
suas em outros lugares, em outros mares...
Sei que há...
Só que as
Suas
galopam
como cavalos
endoidecidos.
Onde estava?
Em que caverna?
Em que montanha?
Em que céu distante de meu corpo suado de homem desesperado?
Onde estava seu corpo, amada minha? Onde estava você
Quando me quis a terrível melancolia devorar-me e fazer-me sangrar-me
Nas areias d' minha poesia?
Bastará muito pouco...
Bastará muito pouco...
Bastará teu rosto sobre o meu
para
alegrar o vulcão do meu corpo.
Bastará muito pouco...
E talvez não baste quase nada.
Um beijo, um sorriso, um abraço.
É tão fácil esquecer e tão difícil o sofrimento...
Bastará teu coração de madressilva,
teu nome de conquistadora portuguesa,
teu sorriso de rouxinol apunhalado,
teus braços de serpente esmagadora.
Mas se tudo isso bastará, ainda
Me sobrará luas, países, ruas, pessoas.
E se tu me basta, meu nome em teu nome
Logo sei que existo com teu amor, meu amor!
Bastará teu rosto sobre o meu
para
alegrar o vulcão do meu corpo.
Bastará muito pouco...
E talvez não baste quase nada.
Um beijo, um sorriso, um abraço.
É tão fácil esquecer e tão difícil o sofrimento...
Bastará teu coração de madressilva,
teu nome de conquistadora portuguesa,
teu sorriso de rouxinol apunhalado,
teus braços de serpente esmagadora.
Mas se tudo isso bastará, ainda
Me sobrará luas, países, ruas, pessoas.
E se tu me basta, meu nome em teu nome
Logo sei que existo com teu amor, meu amor!
agora sei que te amo
Agora sei que te amo, agora sei que não te amo,
E que me importa que as estrelas girem e as pedras
Clamem? Vêm amada, já é teu esse conquistador,
Vamos por entre esse rio de metáforas e sonhos esquecidos
[Vens e tragas consigo o teu peito
e o teu corpo
e o teu mel
Mais deixes bem claro, e deixes bem vivo o que te digo:
Agora sei que te amo, agora sei que não te amo, e
Que quer mais você com esse te amando?
Amas, e eu amo, tanto que não me aguento
Os ossos de tanto amor e sofrimento
Unido em meu corpo de foca desterrada...
E vens e vais como as ondas do tenebroso pacífico
E não voltes, e quando voltares, me arrebente como
Pedra, e me lasque, e me xingues, e me devores.
Devora as cabanas dos meus sonhos e dos meus pensamentos
E se vá e não regresse, e regresse mais não se vá
Por que descobri entre mim e você um puro diamante...
Ah, amor: Agora sei que te amo, agora sei que não te amo...
E que me importa que as estrelas girem e as pedras
Clamem? Vêm amada, já é teu esse conquistador,
Vamos por entre esse rio de metáforas e sonhos esquecidos
[Vens e tragas consigo o teu peito
e o teu corpo
e o teu mel
Mais deixes bem claro, e deixes bem vivo o que te digo:
Agora sei que te amo, agora sei que não te amo, e
Que quer mais você com esse te amando?
Amas, e eu amo, tanto que não me aguento
Os ossos de tanto amor e sofrimento
Unido em meu corpo de foca desterrada...
E vens e vais como as ondas do tenebroso pacífico
E não voltes, e quando voltares, me arrebente como
Pedra, e me lasque, e me xingues, e me devores.
Devora as cabanas dos meus sonhos e dos meus pensamentos
E se vá e não regresse, e regresse mais não se vá
Por que descobri entre mim e você um puro diamante...
Ah, amor: Agora sei que te amo, agora sei que não te amo...
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
a bailarina comanda o fogo
A bailarina comanda
com suas mãos
em chama, o
fogo.
Alguém me disse
com voz de ornitorrinco:
não é fogo, nem água.
É uma nuvem em forma
De cavalo.
A bailarina é um quadro.
E quase ninguém acreditou nisso.
Alguns disseram com voz de minotauro: não é bailarina,
é um toureiro disfarçado de mulher. Um travecão.
Umas pessoas viram e
Não notaram os olhos tristes.
Nada fizeram na tristeza: a bailarina virou uma estrela e subiu
Como balão
Para deitar nas pontas do dedo
No coração do verdadeiro toureiro.
Olhando os pombos que carregas
em cima do teu
umbigo de safira
em silêncio
tua boca abre
E dela uma breve
e quente brisa passa
Rabiscando as mãos
e os pés de arvoredo.
Olham-me
e já não sei dizer
mais quem me
olha...
Se são teus olhos
ou as rajadas
das ciganas
alheias e
abandonadas.
Porém, é
você quem carrega dois pombos
que não voam, pois já encontraram
o refugio breve em ti mesma.
E eu encontrei o refugio esperado, minha querida,
Não em mim mesmo, nem fora e nem dentro dos meus osso,
Mas sim, em sua pele de italiana rosada, de romana egipciana.
Os pombos que carregam
vagam para
cima do meu
peito.
Ah amor, e que
grandioso banho
de leite foi este?
Leite de suor e
corpos lambuzados
em mel.
Tu
como a tulipa
e eu, como o peregrino.
A outra me rejeitou
A outra me abandonou
Mais apenas tu carregas
Pombos dignos de cânticos
apaixonados.
Não amor, não se vá
Para os braços de outro,
Nem se perca nos braços do antigo.
Sou eu quem te chama, quem te quer, quem te espera.
Deixa-me habitar o seu peito
Enquanto tu habitas o meu.
Dois pombos unidos
foi o que vi em teu corpo
Quando nos amamos unidos!
em cima do teu
umbigo de safira
em silêncio
tua boca abre
E dela uma breve
e quente brisa passa
Rabiscando as mãos
e os pés de arvoredo.
Olham-me
e já não sei dizer
mais quem me
olha...
Se são teus olhos
ou as rajadas
das ciganas
alheias e
abandonadas.
Porém, é
você quem carrega dois pombos
que não voam, pois já encontraram
o refugio breve em ti mesma.
E eu encontrei o refugio esperado, minha querida,
Não em mim mesmo, nem fora e nem dentro dos meus osso,
Mas sim, em sua pele de italiana rosada, de romana egipciana.
Os pombos que carregam
vagam para
cima do meu
peito.
Ah amor, e que
grandioso banho
de leite foi este?
Leite de suor e
corpos lambuzados
em mel.
Tu
como a tulipa
e eu, como o peregrino.
A outra me rejeitou
A outra me abandonou
Mais apenas tu carregas
Pombos dignos de cânticos
apaixonados.
Não amor, não se vá
Para os braços de outro,
Nem se perca nos braços do antigo.
Sou eu quem te chama, quem te quer, quem te espera.
Deixa-me habitar o seu peito
Enquanto tu habitas o meu.
Dois pombos unidos
foi o que vi em teu corpo
Quando nos amamos unidos!
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Vou-me
Vou-me embora agora
E levo comigo o teu não
O teu sim e o meu sino.
Entre todas essas coisas esplendidas
Meu coração azul em vela eriçado me leva para o litoral esperado.
Vou-me logo e não tardo
Observar o mar o marinheiro
O pescador os bêbados (os
Bêbados mortos só verei no
pós-apocalipse).
Fique bem com os anjos
Que te rodeiam, os anjos
Belos que te ofuscam.
Eu vago por entre o fim
E o começo das palavras.
A estrada que fomos juntos
Me deixou e eu te deixei e eu te amei
E eu me encantei por todos e por ninguém.
Mas não tardará e voltaremos a correr.
Nosso destino é o mar mesmo que você me queira eternamente.
E levo comigo o teu não
O teu sim e o meu sino.
Entre todas essas coisas esplendidas
Meu coração azul em vela eriçado me leva para o litoral esperado.
Vou-me logo e não tardo
Observar o mar o marinheiro
O pescador os bêbados (os
Bêbados mortos só verei no
pós-apocalipse).
Fique bem com os anjos
Que te rodeiam, os anjos
Belos que te ofuscam.
Eu vago por entre o fim
E o começo das palavras.
A estrada que fomos juntos
Me deixou e eu te deixei e eu te amei
E eu me encantei por todos e por ninguém.
Mas não tardará e voltaremos a correr.
Nosso destino é o mar mesmo que você me queira eternamente.
fogo
Por que eu te amo
não pelo que és
mais pelo o que
junto, tu e eu somos.
Somos o pão do
fogo eterno, somos
o vinho consumido
de beijos e prazer.
De resto
somos dois
e um só
Porque nos amamos!
não pelo que és
mais pelo o que
junto, tu e eu somos.
Somos o pão do
fogo eterno, somos
o vinho consumido
de beijos e prazer.
De resto
somos dois
e um só
Porque nos amamos!
Canção para Ana Paula Ferreira
ana paula: sombra de trigo é o teu nome
e teu nome é o que caminha junto ao vento.
és alguém que vejo, que imagino, que crio,
e me molha de alegria a flor da sua fotografia.
ana paula, quem diria que dentre todas as flores
só seu nome suscitaria e ressuscitaria tantos amores?
CHEGASTE NUA
Agora chegaste nua.
E trazias o sol e a lua para nós.
Em sua beleza havia uma pedra de rio
Que estampava a tristeza de seres de todos
e de ninguém.
Chegou. Chegas-te. E eras tu.
E quando a porta abriu-se, o segredo
Dos pássaros cantantes revelou-se.
Não em tua cara de donzela
Nem no rosto das meretrizes belas.
Tu era uma jovem homossexual, e eu
Apenas um aprendiz de feiticeiros.
Perdi a aposta do coração em chamas.
Nua
Percorres-te toda a crosta da lua.
E o sol queimou-me o rosto.
Dormimos como dois relâmpagos
E eu andava como que perdido e tu, e teu corpo, era o meu mapa sagrado!
E trazias o sol e a lua para nós.
Em sua beleza havia uma pedra de rio
Que estampava a tristeza de seres de todos
e de ninguém.
Chegou. Chegas-te. E eras tu.
E quando a porta abriu-se, o segredo
Dos pássaros cantantes revelou-se.
Não em tua cara de donzela
Nem no rosto das meretrizes belas.
Tu era uma jovem homossexual, e eu
Apenas um aprendiz de feiticeiros.
Perdi a aposta do coração em chamas.
Nua
Percorres-te toda a crosta da lua.
E o sol queimou-me o rosto.
Dormimos como dois relâmpagos
E eu andava como que perdido e tu, e teu corpo, era o meu mapa sagrado!
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Ode para Ana
Uma luz em teu rosto,
se via em você,
naqueles dias.
Seu corpo não
era frágil, e teus
cabelos, escuros
como pantera na
sombra da floresta
arrastavam-me
encantado, e eu
me escondia
nas tuas
mechas
escuras.
E você me
via, e já não
era uma, pois
seus pelos eriçados
de prazer de carvão,
davam-me a certeza
de que naquela hora,
naquele dia, naquele
momento, tu eras mulher
e não felina.
Pantera, brilhavas por
onde quer que fosses.
Nos teus lábios, senti o
frescor da cerveja deslizante
e eu toquei suas nádegas com
suavidade de criança. E você
sorriu e me disse: _Vês longe? É um dia que
se vai.
E eu te abraçava, desesperadamente,
não querendo despertar do sonho,
não querendo sorrir diante do sofrimento.
E você me enfeitiçou, e das trevas e da morte
me salvou. Tu, querida, até direi, salvou-me
da própria tristeza da vida...
Foi em tua boca
serena e delicada
que senti o prazer
de duas bocas, duas
bocas como duas borboletas
desesperadas na água sexual
do amor...
Domei teu instinto primitivo e
tu conservou meu prazer em
teu rabo, em teus bigodes de gato
e eu me elevei como montanha.
E alguém, que não podia ser eu
e nem era outro a não ser o meu
querer-te, viu tua luz, uma luz doirada
assombrada,
dentro de uma lágrima
dentro de um barril de flores.
E a fumaça do teu corpo
se esboroou-se todo.
E eu me vi perdido e tu
se viu com outro.
E tua luz, hoje, acende
tão perto do outono, que
só o seu rugido de pantera
consegue, mio amor, espantar-me o sono todo..
se via em você,
naqueles dias.
Seu corpo não
era frágil, e teus
cabelos, escuros
como pantera na
sombra da floresta
arrastavam-me
encantado, e eu
me escondia
nas tuas
mechas
escuras.
E você me
via, e já não
era uma, pois
seus pelos eriçados
de prazer de carvão,
davam-me a certeza
de que naquela hora,
naquele dia, naquele
momento, tu eras mulher
e não felina.
Pantera, brilhavas por
onde quer que fosses.
Nos teus lábios, senti o
frescor da cerveja deslizante
e eu toquei suas nádegas com
suavidade de criança. E você
sorriu e me disse: _Vês longe? É um dia que
se vai.
E eu te abraçava, desesperadamente,
não querendo despertar do sonho,
não querendo sorrir diante do sofrimento.
E você me enfeitiçou, e das trevas e da morte
me salvou. Tu, querida, até direi, salvou-me
da própria tristeza da vida...
Foi em tua boca
serena e delicada
que senti o prazer
de duas bocas, duas
bocas como duas borboletas
desesperadas na água sexual
do amor...
Domei teu instinto primitivo e
tu conservou meu prazer em
teu rabo, em teus bigodes de gato
e eu me elevei como montanha.
E alguém, que não podia ser eu
e nem era outro a não ser o meu
querer-te, viu tua luz, uma luz doirada
assombrada,
dentro de uma lágrima
dentro de um barril de flores.
E a fumaça do teu corpo
se esboroou-se todo.
E eu me vi perdido e tu
se viu com outro.
E tua luz, hoje, acende
tão perto do outono, que
só o seu rugido de pantera
consegue, mio amor, espantar-me o sono todo..
VI- Assim é o amor entre os bosques: feito de ouro
Assim é o amor entre os bosques: feito
de ouro tão precioso quanto o teu sorriso de mariposa.
Assim é o amor entre as margens do mar:
com deslizes profundos, as águas batem e retumbam em tua boca.
Porém, amor, eu sou teu pássaro
perdido nas rochas dos teus cabelos negros e de teus olhos
de labaredas puras. Só eu provei o pão da tua boca molhada
e o rio do teu corpo me aprofundou os sentimentos
e todo o meu ser bateu em terra. E me encalhei
como uma baleia na praia e fiquei perdido em seu nariz de
donzela domesticada, entre suas pernas montanhosas e lisas...
Assim sendo o amor feriu-me magicamente, e eu despertei.
Despertei porque te vi passeando alegremente em meu coração,
E fechei meu peito para receber o mar do teu desejo infinito e profundo.
de ouro tão precioso quanto o teu sorriso de mariposa.
Assim é o amor entre as margens do mar:
com deslizes profundos, as águas batem e retumbam em tua boca.
Porém, amor, eu sou teu pássaro
perdido nas rochas dos teus cabelos negros e de teus olhos
de labaredas puras. Só eu provei o pão da tua boca molhada
e o rio do teu corpo me aprofundou os sentimentos
e todo o meu ser bateu em terra. E me encalhei
como uma baleia na praia e fiquei perdido em seu nariz de
donzela domesticada, entre suas pernas montanhosas e lisas...
Assim sendo o amor feriu-me magicamente, e eu despertei.
Despertei porque te vi passeando alegremente em meu coração,
E fechei meu peito para receber o mar do teu desejo infinito e profundo.
V- Deixa-me me perder nas raízes do amor
Deixa-me me perder nas raízes do amor
que salta da terra até os muros do seu peito.
Deixa-me descansar em teus braços dentro de
um beijo de maremoto, paixão descontrolada.
Una-me aos teus seios de mulher, até tua boca
de leoa faminta e devora-me o amor que trago
nas correntezas do infinito dos meus ossos...
Lança-me nas covas de sua beleza de nebulosa.
Ai amor, que cantara agora o nosso amor?
Tu se cala e eu vou-me na escuridão descansar.
Porém, o mel da tua boca persegue-me e me alimenta.
Salta amor, salta porque eu é que te agarro na escuridão.
E teus olhos soluçam contentes por me verem e eu me
Alegro por sermos uma só raiz, um só coração, separados!
que salta da terra até os muros do seu peito.
Deixa-me descansar em teus braços dentro de
um beijo de maremoto, paixão descontrolada.
Una-me aos teus seios de mulher, até tua boca
de leoa faminta e devora-me o amor que trago
nas correntezas do infinito dos meus ossos...
Lança-me nas covas de sua beleza de nebulosa.
Ai amor, que cantara agora o nosso amor?
Tu se cala e eu vou-me na escuridão descansar.
Porém, o mel da tua boca persegue-me e me alimenta.
Salta amor, salta porque eu é que te agarro na escuridão.
E teus olhos soluçam contentes por me verem e eu me
Alegro por sermos uma só raiz, um só coração, separados!
IV- Adeus Amor
Adeus amor. Quiseste assim e o destino conclui
que nada nos unirá, nada nos amarrará para o sempre.
A sua estrada te lança nas mãos de outros mortais, e
eles te cabem na felicidade que as estrelas me negam...
Adeus amor. Já não será tu e eu entre as cavernas e
as casas dos lenhadores nas florestas desoladas, nem
entre as lindas montanhas ou litoral do mar. Segues
tu entre os soluços e eu entre as catacumbas
e nelas eu me vou, tão triste e tão alegre que tropeço como topeira...
Mas ao menos, guarde em você o meu rosto, o meu ser.
Ninguém rouba o meu espírito e eu entrego em teus braços
Os meus versos de poetastro humilde e ambicioso...
Diga-me adeus e acompanhe-me sua lembrança,
Pois amor, a primavera me diz tristemente:
_Adeus amor. Um dia eu te vejo. Talvez hoje nunca. Até amanhã. Adeus!
que nada nos unirá, nada nos amarrará para o sempre.
A sua estrada te lança nas mãos de outros mortais, e
eles te cabem na felicidade que as estrelas me negam...
Adeus amor. Já não será tu e eu entre as cavernas e
as casas dos lenhadores nas florestas desoladas, nem
entre as lindas montanhas ou litoral do mar. Segues
tu entre os soluços e eu entre as catacumbas
e nelas eu me vou, tão triste e tão alegre que tropeço como topeira...
Mas ao menos, guarde em você o meu rosto, o meu ser.
Ninguém rouba o meu espírito e eu entrego em teus braços
Os meus versos de poetastro humilde e ambicioso...
Diga-me adeus e acompanhe-me sua lembrança,
Pois amor, a primavera me diz tristemente:
_Adeus amor. Um dia eu te vejo. Talvez hoje nunca. Até amanhã. Adeus!
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
III- LÁBIOS PUROS
Escuto os relâmpagos dos teus lábios
E eles consomem as nuvens negras...
Todas as estrelas te rodeiam imóveis
E o sol nada mais é que teus olhos fechados...
Escuto o cantar dos pássaros e você
Entre eles está: imóvel, viva, bela, donzela.
Eles consomem as nuvens negras...
Lábios puros... Lábios puros... Lábios puros... Lábios...
E eles consomem as nuvens negras...
Todas as estrelas te rodeiam imóveis
E o sol nada mais é que teus olhos fechados...
Escuto o cantar dos pássaros e você
Entre eles está: imóvel, viva, bela, donzela.
Eles consomem as nuvens negras...
Lábios puros... Lábios puros... Lábios puros... Lábios...
II- NÃO SE MATE
Menina, não se mate.
Pelos campos h´lírios tão belos
quanto os trajes do rei Salomão.
Não escute a voz do ódio, escute
O silêncio do seu próprio coração.
Arde esse silêncio,
e esse silêncio é que nos explicará
o nada do sofrimento e o tudo do amor profundo.
Menina, não se mate.
E deixa meu canto te curar para
que os assassinos que te rodeiam
morram primeiro antes do que eu,
antes do que minha voz de pelicano...
Não... Não... Não...
A morte é só um caminho
Que pode esperar mais um pouco...
Espere amiga, espere menina, espere
Porque o amor que bate ao redor do mar
É tão puro, tão suave quanto a brisa que galopa
do oceano para o meu rosto e para o teu...
Menina, não se mate.
Morreu meu orgulho, morreu meu medo,
morreu minha timidez, morreu meu trabalho
Só não morreu tu e a primavera
Só não morreu tu e o outono galopante.
Só não morreu tu e a brisa que golpeia meu peito
Só não morreu tu e minha amiga da distância
Só não morreu tu e o meu cadáver exposto aos poetas bêbados
Só não morreu tu e eu, porque tu é o fogo e eu sou a água
Tu é a paixão e eu sou o equílibrio.
O resto? Menina... esqueça os conselhos desse traste nojento, desse verme, desse homem que nada mais é que um ingrato invejador do teu amor... Não se mate: Ame.
Pelos campos h´lírios tão belos
quanto os trajes do rei Salomão.
Não escute a voz do ódio, escute
O silêncio do seu próprio coração.
Arde esse silêncio,
e esse silêncio é que nos explicará
o nada do sofrimento e o tudo do amor profundo.
Menina, não se mate.
E deixa meu canto te curar para
que os assassinos que te rodeiam
morram primeiro antes do que eu,
antes do que minha voz de pelicano...
Não... Não... Não...
A morte é só um caminho
Que pode esperar mais um pouco...
Espere amiga, espere menina, espere
Porque o amor que bate ao redor do mar
É tão puro, tão suave quanto a brisa que galopa
do oceano para o meu rosto e para o teu...
Menina, não se mate.
Morreu meu orgulho, morreu meu medo,
morreu minha timidez, morreu meu trabalho
Só não morreu tu e a primavera
Só não morreu tu e o outono galopante.
Só não morreu tu e a brisa que golpeia meu peito
Só não morreu tu e minha amiga da distância
Só não morreu tu e o meu cadáver exposto aos poetas bêbados
Só não morreu tu e eu, porque tu é o fogo e eu sou a água
Tu é a paixão e eu sou o equílibrio.
O resto? Menina... esqueça os conselhos desse traste nojento, desse verme, desse homem que nada mais é que um ingrato invejador do teu amor... Não se mate: Ame.