terça-feira, 30 de abril de 2013

lembranças de um amigo turco

Mikáely Miklóvs andava aflita, quando chamou Kawick para dizer-lhe o que necessitava. Sentaram-se observando um sobre o outro.

_ O que tens para me dizer Mikáely? Não são outras baboseiras sobre as suas purezas de mulher, são?


_ Não... não te chamei para isso... - começou ela dizendo, com sua voz doce, toucante, de mulher classicizante. - eu queria lhe dizer que um sobrinho meu virá vir para cá, para esse mundo, e é bom que ele fique bem.
Kawick observou a porta, a tempos que não conversava com ela sobre assuntos famíliares.

  Perdera os interesses sobre tudo: sobre o negócio (era um rico comerciante, descendente de fabulosos turcos riquíssimos, que da Rússia emigraram para o norte do Egito e do Egito decidiram-se por se estabelecerem em um país imenso e tropical que em geografia interessava há anos o senhor Acar Ebediyet). Kawick Ebediyet observou o imenso lustre, retirou os óculos de cima da mesa, enquanto Mikáely prestava nobre a atenção em seu gato dourado. Colocou os óculos sobre os olhos, e passou a ler as notícias do jornal. Enjoou tão rápido, que se colocou de pé.

_ Vou subir... Logo desço!

_ Logo ele chega. - falou-lhe ela. - É bom que você não se esqueça!

_ Não... Deixe... Eu não vou me esquecer!

Subiu.

Logo desceu novamente, rangendo as escadas, observando com sinceridade o lustre que balançava solitário por cima do teto. "Eu sou esse lustre..." "Não, não, não. O que é que eu queria mesmo dizer naquele momento para ela, antes d' la me chamar para ir me avisar a chegada do sobrinho... Não me lembro: esqueci!" Pensou ele, observando a noite que chegava. Gostava de astrologia, lhe era simpático o povo da cidade. O turco rico, olha lá, nem olha para a nossa cara, coitado, vive com aquela louca, coitado, tem de tudo e não é feliz, coitado, é um cachorro, um simples objeto, melhor seria se tivesse voltado pra terra junto com a mãe, coitado, é um atorzinho de quinta, coitado, só anda com os ricos-ricos-ricos das terras dele, coitado, ele dá uma boa gorjeta, o que acham dele? É culto. Não tenho nada contra ele... é uma boa pessoa: é turco, vem lá da Turquia. Eu conheci o pai dele, antes era médico, decidiu optar pela carreira de comerciante assim que morrera-lhe o pai do pai do pai dele. O pai dele era um tremendo comerciante: conheceu o presidente, conseguiu-lhe regalias. Esse é um estudado. Se deu bem. Só está com essa doidinha ai, essa estranha!

E quem entenderia o amor dele por Mikáely Miklóvs? Além dele mesmo com ela. Mulher difícil, dama ousada, linda, bela, domadora. De forma e formosuras únicas, enormemente pura. Se ela soubesse que o amor que ele tinha por ela estava se acabando, se esfumaçando a chama pura da paixão. Assim ele voltou a descer a escada, observando o lustre, lá estava ela e o sobrinho. Tão estranho, tão menino, tão pequeno, olhos azuis. "Como ele se parece comigo. Pena que não seja eu".  
Cumprimentou o menino com um aceno de cabeça, não lhe gostava de cumprimentar os sobrinhos da mulher. Sentia-se estranho, como se fosse uma galinha prestes a entrar numa canja. E ficava ali, observando as pessoas, interessado com seu olhar bruto e negro de turco, com uma caneta preta na mão e um imenso caderno escuro, onde rabiscava suas estórias líricas sobre uma terra antiga que outrora era habitada por gigantes. Gostava de fantasiar, e como fantasiava as cochas belas de Mikáely Miklóvs, como fantasiava seus seios, suas nádegas por debaixo daquelas roupas grandes, imensas, aaaah, que vontade de ser do povo nesses momentos. E subia para o quarto, agarrava um livro triste e romântico e ia dormir, antes que ela entrasse pela porta. Noite, noite. Resposta de dois. Ela aflita, me perdendo, eu aflito perdendo ela. E o sobrinho dela no quarto... parente dela, distante...

nada disso

Não, nada disso. Seu rosto era alvo, branco branco branco. Branco feito açúcar. Sedução, seduzia. Ela estava morta, me disseram. Eu não acreditei, pois eu não podia acreditar que aquela altura, que naquele momento, em que eu estava com os óculos escuros sobre o rosto, ela estivesse morta. Mas ela estava. Isso eu não admitia. Segurei suas mãos, ela sorriu, perguntou se eu queria dançar alguma coisa. Tango? Um samba? Alguma batucada qualquer? Eu segurei seus cinco dedos sobre minhas mãos, estavam frias, frias como o gelo. Ela era uma geladeira, porém o seu corpo estava feliz, e eu estava feliz, e eu fiquei contente, e elevei a minha voz. Você ainda tem aquele verso que você fez para mim guardado? Sim. Onde ele está? Espera, pensei que eu o tinha posto sobre o meu bolso direito. Ah, ele estava sobre o meu bolso esquerdo, amassado, suado, escrito a tinta azul. O nome dela estava no final, com tinta vermelha. Não, eu não sei porque , mas a minha alma estava tão viva enquanto o meu corpo tocava-lhe o pulso, o pulso doce e suave da veia. A veia dela pulsava tão viva quanto uma estrela girando. Pulsava, girava feito o sol. Eis a comparação exata que eu desejava-lhe contar, minha querida. Diga o meu verso? Eu ainda não o sei de cor, vou recitá-lo mais tarde, tudo bem? Tudo! Respirei aliviado, quando estava perto dela, eu sentia uma vergonha imensa, ali ela estava, toda vestida de branco, um branco puro, em cetim puro. Parecia uma princesa perdida de sua civilização. Mais eu não poderia ser seu rei se assim lhe fosse, não é mesmo? Ela está morta, largue-lhe as mãos, aceite. Eu estou aceitando tudo... eu não disse até agora que ela não estivesse morta: não, ela não está. Senti o seu bafo quente sobre minha boca, e me aliviei, e sentei-me aliviado junto dela, no momento exato em que um galo cantava exaltando Cristo e a chegada do dia. E como me iluminei naquelas horas, deitado sobre as pernas macias e plumosas que ela tinha. Eramos pardaizinhos, mas eu não acredito em nada do que eles disseram enquanto eu estava chorando, observando os relógios do horário. Que horas são? São horas de nos amarmos meu amor, esqueça a escuridão, levante sua mão, eu estou aqui. você sozinha, você linda linda, você assim: inteira, corpo inteiro, alma inteira. Ela não estava morta, estava viva, viva. E juntos passeamos por um campo de flores brancos, lírios. Não, nada disso. Passamos, nos amamos, e digo: amor vem de amar. Descansei com ela... Ela estava viva, viva, e nos casamos no aniversário do pai dela!

Eu canto suavemente

Eu canto suavemente
Vou levando meu cantar
Pra além da minha terra
Onde canta junto o sabiá.

Eu canto para ficar
Alegre, contente e puro
Para ficar distante da dor
Por isso eu canto o amor...

Eu canto o amor
Diante do seu olhar;
Eu canto repentinamente
Pra modo do'cê me amar
Pra modo dos teus zóios
Vim aqui me mirá!

Pra modo de dizer te amo
Assim eu ei de cantar.
Pra não esquecer o amor
Ei de levar essa flor
De tanta ternura e sabor
Pra modo de te lembrar.

senta-te aqui...

Senta-te aqui, observei-a um pouco curioso, não estava preocupado no que eu ouviria saltar da sua boca e das suas palavras, se seriam agradáveis aos meus ouvidos, ou terrivelmente me magoariam. Sentei-me mesmo assim, fiquei um pouco apreensível com o que ela iria dizer, mesmo eu já pensando um pouco no talvez eu iria escutar, em meu pensamento eu já deduzia as coisas que ela iria dizer, gritar, berrar. Mais não berrou. Se conteve com doçura total. Meditei em mim mesmo: Como? Quê? Ela não me disse as coisas, as brutezas que eu imaginava q' dela eu iria ouvir. Mais eu abri as minhas orelhas, meus tímpanos para escutar a doce voz dela. Eu estava sentado ali, na cadeira, uma cadeira dura, que me doía as nádegas a qual eu as trocava de posição. Os cabelos dela desciam-lhe de tal maneira pelo corpo, morena, morena, morena como um cacau. O cacau, o chocolate feito já: morena chocolate. Branca de pele, porém morena, delicada, pura, seduziu-me na primeira oportunidade em que a vi. Quem entenderia isso? Em tempestade de copo, só enfia a colher quem tem nuvens brancas no peito inchado. Meu peito inchou de contentamento, sim. Pouco a pouco fui vendo brilhos nos seus olhos. Antes eu não acreditava nessas coisas: deduzia, lembro-me: bobagem é. Incompreensão dos que sofrem, eu me punha à parte do mundo como poeta... Tão poeta de se deixar levar por opiniões alheias... O amor não presta, o amor é isso, o amor é aquilo, o amor vai e volta o amor volta-e-vai, e opinião minha, minha, de meu peito, tripa, coração, vísceras puras, escutar eu não escutava. Sofrivendo eu ia, mesmo querendo ter amor, consolo, e chegava em horas de desconsolação e meditava no escuro: quem sou eu? Eu sou eu, ora! E eu não compreendia quase nada, e pensava no medo, no susto, no escuro. Aja luz pra me iluminar, e houve. Concluí: escute bem o peito. O que ela iria dizer, falar, me pressionou o peito, me interessou os ouvidos, me agitou a cabeça, me elevou o espírito. Fala, fala, fala, que eu estou doido pra escutar o que tens a dizer, desembuchar à mim. Voz mellódica era a dela. Rana pura de rio. Um puro, um elo, um momento de escutá-la. A deixa eu ouvi-la mais um pouco, antes que o cavaleiro do reino d'ela venha buscá-la no galope branco e leva-la para longe de mim. Eu ria, ria e gargalhava: Há-ah-háháhá-ahá! Eu vi-a sem coragem de dizer de novo. Homem não sabe se entregar nas purezas intimas do choro. Sertanejo, sou, sabia ela? Não! sertanejolista, de terras do sul, bem pra baixo dos matagais puros dos mineiros, dos campos prá lá dos reinos do sertão. Eu sei, eu sei, é difícil de compreensão, mais compreende, vai indo, enrosca ali, salta aqui, me sinta, eu estou no pulo do tigre da bandeira vermelha. Há dois "g,s" estampados por sobre o nome do rei. Senta-te aqui, tenho coisa pra falar pra você, coisa séria, coisa intensa. Indo, vai, deságua aos poucos, nos rios pequenos, nos rios grandes das lágrimas brilhosas. E brilha mais um sol, e brilha mais uma luz. Ave, doce, saudade, salgadamente. T' inha águas nos rios dos zóinhos puros delas, saltavam-lhe flores na boca: posso começar a falar. Falei: tô escutando. Fala. Passou a falar, discorreu, explicou, disse, modificou, se interpretou, mó interpretou, enveredou, andou, suspirou, contou, me olhou, desolhou, replicou. Ficou certo. Senti sinceridade em suas palavras. Fazê o que tu queres, farei eu a tua vontade dominadora. Certo, não me impeça não me imponho. A sua vontade foi feita. A nossa vontade. Não era hora, não era puro, era sonho, inexplicado... e quando você vai voltar pra mi explicar?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

então...

Então ela se calou. Que silêncio doce, que beleza de silêncio. Me tocava como uma alma penada. Me arrepiei todo quando senti esse silêncio. E realmente ela é linda. Talvez ainda continue sendo, há anos e anos que não a vejo, não sei como ela está; porém, deduzo com minhas qualidades de sertanejo sonhador, o estado em que ela esteja: Pernambuco. Brinco: morena, loira, ruiva, cabelos longos, mais os olhos dela... a, desses me lembro ainda hoje. Ela me chamava de "Olhos meus": - como rapariga admirada. Mais os olhos dela eram mais lindos que os meus. Não, ela me chamava meus olhos, meio como brincando, meio como, homenageando. Eu acredito que talvez isso seja verdade. Quando ela ficava quieta, eu sonhava em ir conhecer Sevilha, andar, ver tourada. Ela não queria sair da sua terra, mesmo morrendo aos poucos, mesmo sentindo o calor do sol adentrando pela casa, queimando-lhe o rosto, dourando a sua face de bailarina, queimando- as únicas flores que se sustentavam secas, inteiras, sobre o jardim da casa. Ela observava tudo, mulher forte, conhecedora de algumas safadezas mínimas que me ensinou. Não me zombe, como já diria o irmão, o primo, o sobrinho, o tio, o pai, o amante dela. Não se engane sobre o silêncio dela, que é arrebatador, que é belo, que é imenso. E ela é uma flor... Uma menina sertaneja. Forte... forte... fortíssima!

sábado, 27 de abril de 2013

tigresa negra soneto


Que me importa de saber que Amas outro?

Acaso, não serei eu também por ventura 
Poeta que canta sem viver suas idiossincrasias de entranhas?



Eu sei que no entanto você não me Ama e se acaba em prantos...



Quando fosse um dia nos teus cabelos Castanhos
Descansar iria meus olhos, minhas mãos, minha Alma.
Feriu minha boca com amarga água, Amando outro



Sempre o outro... o espelho me é o outro... E se fosses minha?

Decadente já não é e não Pode ser esse amor
Que fere a Melodia da Alma pura de impureza.
Feriste meu coração triste, Ó bela Tigresa negra...
E eu cantei de arrependimentos belos sem louvores
Pra não restar dúvida nenhuma no meu pasto incendiado
Onde selei meu cavalo negro, antes de sacrificá-lo!

canção com flauta

Te vi, não me viste
E que mal tens isso?

O universo se equilibrou em nós dois

Depois nos afastou. Mesmo assim sorri
E o seu sorriso era triste... partiste... 

De teus olhos uma Aurora saltava
Via e não viste.

Porém, quem nos separou: a Onça Castanha ou a Parda?

Fui um pássaro, Foste Tigresa, Fuim um Leão, Foste uma Princesa.

_Porém tudo foi vermelho, rosa, púrpura e violeta!

Te vi, não me viste,
Partiu, fiquem então!
Ah esse comboio em chamas
Que chama-se coração




Nunca arde em Vão...

quinta-feira, 25 de abril de 2013

será....


Será que os chineses
entendem "tão bem" o
ALFABETO LATINO tanto
quanto nós os caracteres
do MANDARIM????

escutai inimigo


✫✫✫. .s✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫.
escutai inimigo o que lhe digo
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
vida só em Cristo ✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
e você ainda ousa afrontá-lo?
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.
✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫.✫✫✫. ✫✫✫. é melhor adorá-lo. ADORÁ-LO.

Contempla Cristo e se renove

Contempla esse céu estranho
Distante já está d' alma degolada.
Contempla essa árvore cortada
E o machado, assassino na mão humana.
Contempla os olhos de quem ama agora
Amanha talvez não veja o seu amor de novo.
Contempla a luz sob a sombra da única nuvem
Que de passagem vai pastando pelo céu.
Contempla O altar, Contempla A Alma
As vozes, os trovões, um terremoto e a forte 
Tempestade de granizo. Contempla nisso
Deus, e vivifica o morto da tua alma
Angustiada/Inconsolada/ em Cristo renovada!

A nós poetas


A nós poetas depende
O destino de em pé estarmos
 Na vontade de Deus
E nas trovoadas do  Espírito
Sob o Dom do céu esplêndido
Ao olhar desse puro pastor Jesus Cristo
Louvar o puro canto
Do corpo ao espírito...

O bom pastor Voltará

Não querendo colher a pedra
Que sem vida secou o chão
Pôs-lhe no rosto uma Alma
E conseguinte um coração
Chamando-lhe ele um dia
De filho de sua criação!

As estrelas deram vivas
O boi mugiu sossegado
Uma vespa caiu cansada
E o sol iluminou o pasto.
Enquanto isso lá ia pronto
Descansar de sua criação
Pois assim o verbo quis.

A colheita estava pronta
O amor unido foi. Depois
Surgiu uma Onça, um
Problema eterno em sí:
_ Entrarão em contradição,
Criador e Criação. E tudo
Quase se destruiu em vão...

Porém surgiu um Pastor
De luz intensa de vez profunda
Cordeiros, certeiros, olhai, cantai
Que um dia seu Cristo retornai
Salvai o rebanho inteiro
Já diz em linhas: Ele foi a Luz, o PRIMEIRO
E será ele o derradeiro
Ele o PRIMEIRO!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Aos nossos doces suspiros brandos

Aos nossos doces suspiros brandos
Em pequenas passagens de sonhos 
Seguindo ao galope do riso levando
Vai montado o sertanejo no cavalo.

E nos cruzamos na manhã que nasce
E cruzamo-nos em abraços e esperanças.
Vemos a mesma luz, o mesmo sol desce
E nos aquece os corpos unidos em paixão.

Vai seguindo essas cousas u de ir
Ir de chegar há de alguma coisa unida
Pra que separados sejamos outro dia.

Unidos vamos entregues mesmos
Na brandura da esperança e do sonho:
Vou seguindo com o galope do cavalo que vou montado, ALVO!

Quando quero falar com Deus

Quando quero falar com Deus
Eu abro meu coração no silêncio
Na lágrima vai escorrendo o meu
Sofrimento, e nELE imploro pra
Me ajudar...

O seu amor sobre mim me ilumina
Ele é quem me faz sentir muita vida.
Alguns não sabem e dELE tenta esquecer...
Como podem sem seu criador esses
Homens viver?

Quando quero falar com Deus
Eu choro contente, Eu sei
Que ELE escuta ele nunca
É ausente...

Por isso eu preciso da paz que só ele me dá
E eu louvo cada dia por isso meu Deus
Que nunca nos esqueceu....

quase quadrA

Quando eu disser vinho é uva Você diga uva é vinho
Quando eu disser Prosa em verso Você diga Verso em Prosa.
Quando eu disser Linda é Ela Você Diga Ela é Linda.
Quando eu disser Pouco é Muito Você diga Muito é Pouco.

Quando eu disser Tudo Passa Você diga Passa Tudo
Quando eu disser Veia em Sangue Você diga Sangue em Veia.
Quando eu disser sim e não Você diga não e sim
Quando eu disser vá embora Você diga Embora Vá.

Assim quando eu disser: Siga a Vida Você Diga: Sigo-a Já

REPENTE

Quanta vontade tenho
De falar contigo Agora
Notando que tenho Tempo
E passa os minutos em Hora
Fico até contente de ter-te
No silêncio dessa nossa prosa.

Você fala em Estrelas
Eu busco o céu Celestial.
Você caminha distante
Eu canto em soar constante.
Agora nesse momento
Eu entro em contentamento...

Disseram coisas malucas
Tão belas de se guardar
Guardei suas palavras
Poucas (às que pude apanhar)
E segui levando-as livre
P' ra em coração guarda-las.

Moça/linda/Amo/Amiga
Vou/Siga/S'u/Vida/Cigana Linda.
Porém/Tem/Laços/De/Engano

A/VONTADE/QUE/TENHO/
DE/UM/BEIJO/PURO/EM/
NOSSA/HORA/DE/FALAR-NOS:
somos alma em corpo, somos
o que somos em carne, espírito e osso.

MENINA/TE/AMO
ESSE HOMEM
QUE CANTA
AINDA MOÇO.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O meu poeta morreu


O meu poeta morreu
Tinha osso de borboleta
Falava tristemente e 
De vez em quando ria.

O meu poeta tinha depressão
Sofria dos males do coração.
Um dia subiu numa nuvem
Se atirou de repente
E construiu um país
Chamado Canadá.

E lá ele está
Rimando em suas trovas
Tocando um violino
Acariciando um rinoceronte.

O meu poeta morreu
-COITADO-
Tinha ossos de borboleta.

além

além dessa vida
que se tem
existe outra além
morrer nem é o fim...

sonhar

Que o medo é só
Um ferrão de
Quase alguma coisa
Sabemos... 

Ah medo de sentir
Que sentimos tanto
Medo que chegamos
A sonhar que vivemos...

e meio...

Não te desejo um novo fim amigo meu
E sim peço um novo começo para mim
E para você, nesse belo destino que é o viver...

sofrimento

Vi tua imagem mais uma vez: que miragem!
Sorria como quem estava contente, mesmo
Estando ausente a felicidade clandestina
Sorrias um sorriso puro, único, calado e mudo.

Ah, tua imagem, aqui agora me rasgando em
Tormentos puros e lentos. Rosas não tens,
Não tens morangos nos seios, és o que
Desejo para mim sem ser minha: Amor, fogo do inferNo!

E dirão: tu não tens razão e és sem religião
E eu repito em voz clandestina e solitária:
Vi tua imagem, me bastou o sonho: que miragem.

Ah, mais você me iludiste mais uma vez
E por seguinte eu adorava tua ilusória imagem:
Assassinei a mim mesmo, por dúvidas aqui estou, leve e morto!

desconsolo lírico

A tu mulher
_ Que és rosto, maquiagem
A tu homem
_ Que é bebida, que é carne
Porém que celebra as horas
Que já dizem os que entram:
É TARDE! É TARDE!
E celebram a si mesmos
Como se celebrassem a 
Mais profunda arte:
PENA DE VER
TU HOMEM
TU MULHER
preso
presa
sem saber
que há de um dia
apodrecer
sem entender
o por que
do seu
vive
R

Matéria

Em diâmetro de lirismos vivos
Como um fagulhar em plena noite
Ao brilho suavizante de estridente
A matéria não me seduz: sonho.

Uma letra apenas me revela o
Sofrimento d' uma alma inteira:
Além me aquieto de não me saber
Para quem não renega o mundo além
Que o túmulo será descanso, sei!

FOGO! FOGO! Fogo de intensa
Chama celestial: saboreio o
espírito na matéria que me
sele sentir a alma desse jeito:
em consciência cósmica: E SOU NO ENTANTO, MATÉRIA.

Do pó irei, eu sou o pó, eu sou o osso
E sei que isso está dentro de mim
E que significação tens quando digo:
Ave, vida sem interesse, mata-me
Que não quero viver sem sentido,
Pois agora sofro em dizer, deixa-me
Viver o que me resta viver, porque
Morrer, ah isso sei que irei
E apodrecer a matéria da
Carne que sou. Sou o que sou
Porém não sei o que sou, como
Afirmaste aquele que tem a palavra:
Jesus QUE É, ó diante de ti pai
Algo sei que sou...

E da dúvida que surja a razão
Para que eu não exale e viva
Na tristeza da podridão
Das vísceras (e do coração).

domingo, 21 de abril de 2013

POETAS escutai


I. Cantarás em nome do senhor, pedindo paz, proteção e se maravilhará na sua glória, porque de Deus somos e pertence o universo inteiro.

II. Não há arte ateia e não há sombra de beleza na desesperança dos ateus. Pois colhamos os trigos que Cristo fez, para não sofrermos desamparados como animais sem proteção.

III. E veja a glória magnífica do criador, diante de tudo e todos, e glorifiquemos o que temos que glorificar ainda no mundo que há por debaixo dos céus do Senhor. E diante da glória deles, iremos sentir a beleza da paz, da glória e do ESPÍRITO SANTO.

IV. Não há sinal de desesperança na poesia. TODA POESIA PARTE DE CRISTO, E É NELE QUE O REFÚGIO/PODE/SER/REALMENTE/ENCONTRADO/VIVENDO/E/SEGUINDO/AS/LEIS/VERDADEIRAS/DO/PURO/E/VERDADEIRO/CRISTÃO/E/SERVO/DE/DEUS.

V. A beleza de Deus é sua misericórdia, para com nós, simples seres de osso, carne e terra.

VI. Que não haja valores absolutos diante do Senhor: a beleza se apaga com água, a mentira se envolve em chamas escuras e HAVERÁ PERDÃO AOS QUE SE ARREPENDEM DE CORAÇÃO.

VII. Leveza de espírito, e paz: Diante de Deus, Jesus Cristo e o Espírito SANTO. Louvemos e com santidade cantemos, para assim nos contentarmos e OS contentarem para que nos proteja do mal.

VIII. Porque de Deus são todas as coisas do universo, e diante da sua beleza, aos poetas restam a vergonha e a glória de poderem louvarem o salvador, que os AMOU!

Eu não tenho solidão nessa noite


Eu não tenho solidão nessa noite
pois o vento frio não me toca
e me encubro de palavras
puras e doces feito o mar
Que Cristo me protege
Sei e sinto sua presença

E eu não tenho solidão nessa noite
e o que as estrelas dizem
para que eu a ame
(e como a amo)
sei que tranquilo estou
pois o tempo da carne
ainda está estágio
porém em Cristo
espírito sou: e nele estou.

em teus cabelos...

O seu sorriso
é apenas um
recanto de descanso
onde me alegro.

E na sua

paz de coqueiro 
eu cantaria
silenciosamente e 
decretaria: é amor!

Amor... Muitos entendem
o que dele se sente nem
compreendem...

Pois em teus cabelos
escorre estrelas
solitárias e quentes
E sua face encobre a
lua, círculo amoroso

e infinitamente eu te vejo
dizendo: ah, como te amo...

soneto de uma ovelha cristã

E por horas que eu humildemente peço
Para que a luz que em tuas mãos fizeste
Nessa hora triste e nesse agreste leito
Me dê a luz da beleza da sua palavra que é CERTEZA.

Se do verbo fizeste o universo e a palavra
Deus que foste tu o princípio exato do 
Acordar da vida que de suas mãos nos fez:
Ó senhor, acolhei o pecador que sou e que somos...

Que vossa luz que reluz sobre os céus esplêndidos
Cure os que compreendem sua chama e que
Se contemplem em sua glória: és e serás, e ninguém

Diante de ti pode ser sem antes disser-te que tu és.
E se somos, filhos que obedecem a tua palavra
De ti alimenta-me a esperança: chama de Deus, pureza que salva...

conhecia

Conheci a felicidade 
Humildemente 
Não aceito mais a tristeza.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

firma lírica de poesia & cia


Manuel & Bandeira Cia
Carlos & Andrade Cia
João & Cabral Cia
Murilo & Mendes Cia
Pablo & Neruda Cia
Décio & Pignatari Cia

firma lírica de poesia & cia

Ganancin


Ganaspectoral/
lindaeespecial/
lincial/Gananc(L)inda

seu rosto michele


Seu rosto 
Michele
é sol e lua
juntos/bordados.
Seu rosto
Michele 
É lua e sol
(casamento de espanhol).
belo/puro/belo
É TEU ROSTO 
E TU QUE EU 
QUERO! (COMO AMIGO, NÃO NEGO!)...

do amor


Do amor (esse
mistério profundo)
que tanto une a
sombra da alma
como a sombra do
corpo, faz brilhar
cada parte desse
corpo triste, que
deseja a amada
nua/pura/sua!
Do amor o que
Dizer? Conter
Reter= sofrer!
Porém amamos
Cruel não deve
Ser o amor puro
O VERDADEIRO.
Mistério profundo
Do eu, do nós
Para explicar
o amor é preciso
Saber do que se fala.
Só sei que o sinto 
Em tua boca, na
Tua alma!

deixo


deixo estar em meu corpo esse coração
deixe estar em seu corpo minhas mãos
para que haja entre tu e eu amor meu/união
para que não falte lábios e nem socos amorosos
para que não falte beijos de trovoadas e carinhos de lavas
para que o resplandecente olhar da ternura
envolva o teu coração de moça linda (e quantas
Não são assim coração?) na mais pura paixão
para que nos una em paixão nessa união
o pulsar calmo e tranquilo da união
de dois corazón!

ah esse amor...

ah esse amor, fruto doce em pureza 
quem é que entende esse amor 
se não duas almas em um só corpo?

quinta-feira, 18 de abril de 2013

fluxo

O rio havia secado. De hora pra outra, sem antes mesmo d' a lua se reflectir sobre sua imagem. Então decidiu-se abandonar o lugar para encontrar novos caminhos, novas veredas para atravessar. Achar carne. Foi por entre as árvores que vivia, graças a chuva de uns dias não morreu de sede. Só que secará o rio, e já não havia jeito: era partir ou morrer. Morrer de fome. Morrer de fome é pior que morrer de falta de inteligência: dói e se sente muito. Parou para descansar ante uma toca de cascavel, sem saber dormiu ali mesmo. Descansou-se. De dia raiva o sol, como se fosse o ontem se formando de um hoje belo. O rio continuava seco, e precisava de algo pra comer, mais não avistava presa nenhuma por entre aquelas árvores altas, e tinha fome por que rosnava o estomago. Quando fome aperta, comida tem que se encontrada. É a lei natural: de descendente a descendentes! E lá se foi, se embrenhando por uma parte que sobrara com pequenas poças d' água do rio seco, e subiu por entre os matos que por ali havia. Deduzia que esse era seu caminho, já que vivia de sono e brisa de vez por outra. Dos outros lados nada sabia, e por suas patas caminha lento, despreocupado, olhando com os olhos que por ventura lhe foi deixado de herança. Subiu primeiro por onde dava, sem arriscar o couro em um duelo com um rinoceronte que também cruzava ao outro lado, em outro caminho, solitário como o próprio. Apenas com uma unhada rugida, tentou afastar o rino, como se temendo-lhe o chifre entrar no coração. Quietou-se o destino, por natureza e paz era feito o imenso rinoceronte, e caminhou para o outro lado sem encarar o rugido da onça. Não sabia-lhe que o destino arquitetara vida e morte. Pisou a grama antes de escancarar com o teu rosto no sol. Os olhos queimaram-se da luz que atravessou-lhe as pupilas. Do seu rugido ficou a lembrança do rinoceronte: passando, passando a onça e o animal encoroçada  semelhante a tanque. Tanquenebroso para a onça. O blefe lhe calou o orgulho, passou um dia de fome: a lua iluminou o lugar onde estava. Dormiu em de repente...!... E de repente se arraiou a luz do sol: canto de galo não se havia por ali. Andou de novo, sem rumo, avistada pela árvores que de conversa com ela não proseavam de se dispor: felino e flora não se dão, dirão? Passou! Ah, mais antes que chegaste ao tal lugar, de pouca fé quis descansar e acho lugar acolhedor, uma ovelha em sua frente não se fez feio: acabou-lhe a fome. Porém achou-lhe o pastor que em piedade da ovelha lhe apunhalou com tiro certeiro e rápido >.... acertou-lhe as entranhas, o coração parou. Morreu. Depois chegaram a dizer que um fazendeiro disse: Ficou sabendo? A chuva encheu o rio de novo! Foi empalhada por um americano, ditou ele em terra sua que havia apunhalado o animal. O animal que fugira da seca do rio...