REPOUSO
No escuro nome da noite
na escura escuridão do teu
corpo fui teu igual um
poema triste e frio cheio
de mágoas azuladas.
Entedi que o destino era
essa seta estranha e aborrecivel.
Gritei por alguns instantes
antes de escutar
atentamente o som
do cantar doce dos grilos
mas então tua boca igual
juba de leão me levou
das estrelas até planetas
brancos e plumas de
pavões majestosos.
já não era meu corpo
se não a maça a laranja
o abacate a uva a
jaboticaba a floresta
gritando versos de
amor que as flautas
indianas jamais
entoariam sem a
ordem milagrosa dos
reis ou dos budas
reencarnados de outrora
etc... essas bobagens
orientais todas que admiro
mesmo sem acreditar.
Não é dificil descrever
no repouso dos teus beiços
a canção eterna do amor
que arde abrasado
e que se apaga
vela
futil
assoprada
calmamente
pela alma
na rede.
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