Deixei a pena, cansado de versos,
E guardei o mundo em silêncio pesado,
Como quem fecha portas e janelas,
Escondendo o fogo que ardia em mim.
O chão parecia menos amigo,
O vento sussurrava em vão,
E até a lua, branca e calma,
Parecia dizer que não havia mais luz para mim.
Então olhei para cima,
Para o céu estrelado e distante,
E cada ponto cintilante
Era um convite que eu não podia recusar.
As constelações sussurraram segredos antigos,
Palavras esquecidas que dançavam no vazio,
E minha mão, esquecida da poesia,
Tremia novamente sobre o papel imaginário.
Pois não se abandona o poema que habita o peito,
Nem se silencia o eco das estrelas;
E assim, mesmo cansado, renasci,
E o verso voltou a caminhar comigo,
Como quem nunca partiu,
Como quem sempre esteve esperando
Entre os mundos e os sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário