Não há outro mundo,
senão o que germina em ti,
semente secreta,
labirinto de imagens acesas.
Não busques fora
o que sempre te habitou:
a alma é templo,
a alma é chave,
a alma é a ortodoxia do invisível.
Eu nada te dou —
pois nada me pertence.
Apenas abro a porta
com mãos de silêncio,
apenas indico o limiar.
O que vês,
o que buscas,
já respira em tua sombra.
Já arde em tua claridade.
Ortodoxia é o retorno:
a verdade não é presente,
é desvelamento.
É o instante em que,
olhando para dentro,
enfim reconheces
a eternidade em ti.
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