domingo, 24 de agosto de 2025

Adeus, amiga


Adeus, amiga, adeus,

o vento leva teu riso pelo caminho,

como folhas secas no outono,

como água que corre pelo leito da cordinha do rio.


Teus olhos ficam presos nas árvores,

nas casas de barro, nos cavalos no pasto,

e eu fico aqui, contando passos,

cantando tua ausência,

como quem toca violão sem querer parar.


Adeus, amiga, adeus,

teu corpo vai embora

mas o cheiro da tua pele

fica no ar, na cozinha,

no cheiro da terra molhada

quando chove de tarde.


Caminharás pelos montes,

pelos campos verdes que nos viram crescer,

e eu cantarei tua lembrança

em cada verso que nascer,

como se o tempo fosse só teu.


Adeus, amiga, adeus,

a lua nos verá separadas,

o vento nos levará palavras,

e ainda assim,

no meu peito,

teu nome dança,

teu nome chora,

teu nome canta.


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