Escrevi este livro como quem escava a própria alma com as mãos sujas de sonho. Do Fundo da Terra não é uma obra feita de palavras, mas de raízes: versos úmidos, enterrados em mim há séculos, esperando germinar num leitor que também carregue o coração em brasa e barro.
Cada poema é uma veia aberta, uma constelação invertida — eu não busquei o céu, busquei o subsolo das emoções, o avesso do amor, onde ele cresce sem nome, sem pele, sem medo. Há quem diga que meus versos são surreais, mas o que é mais surreal do que amar em silêncio, ou desejar no escuro? O que é mais verdadeiramente nosso do que aquilo que não entendemos, mas sentimos?
Aqui, as metáforas ardem como incêndios subterrâneos. Falo de corpos como se fossem montanhas, de bocas como se fossem minas, de abraços como se fossem túneis que atravessam o tempo. Cada palavra minha é uma oferenda — ao desejo, à ternura, ao espanto de estar vivo entre fantasmas e flores.
Não escrevi para explicar o mundo, mas para reinventá-lo com a loucura dos que ainda acreditam no impossível. Meus versos são tábuas de salvação e espelhos quebrados; são cartas de amor enterradas no centro do planeta, esperando que alguém as leia com o coração em chamas.
Do Fundo da Terra não é apenas meu livro. É um grito partilhado. Uma semente lançada no solo de quem ainda ama com o corpo inteiro, mesmo sabendo que amar é desaparecer aos poucos na pele do outro.
Pode comprá-lo aqui:

Nenhum comentário:
Postar um comentário