Ó irmãos cegos pelo ódio que ardia,
Vendestes a inocência em troca de prata!
No poço escuro, a vossa mão ingrata
Lançou o sonho que a profecia anuncia.
No Egito, Zalifa em seu peito cria
Um fogo que a razão jamais desata.
Seus olhos, como espadas, o retratam,
Mas ele é luz que o vício não mania.
Preso nas trevas, os sonhos decifrava,
E o rei, em seu favor, a mão estende.
Benjamin chora ao vê-lo, e o pai sonhava...
Eis que o lobo traz a voz que o tempo envia:
"Jacó, teu filho vive, e a dor se rende!"
Mas a vergonha é a herança da agonia.
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