domingo, 2 de março de 2025

Paisagem da natureza humana n. 1

 A natureza é um moinho de prantos,

e eu que escrevo sem lapis

choro meus prantos pelas tardes

sem ter nenhum consolo do calor.


Faz frio na alma! Faz frio no amor.

Onde está o colo do meu avô que

criava ao longe cabras domesticadas?

Onde está o sorriso azul dos olhos

da minha avó que amassa seu pão

com o carinho de todas as santas

que nasceram da igreja Protestante

e Católica?


Eu sou esse jardim triste,

passando pelos querubins como

se uma fornalha de sal me

jogasse o corpo e o coração até o mar.


Sonhos tantos...

Hoje a alma canta um novo hino.

Um hino, que o corpo não quer lembrar...

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