segunda-feira, 10 de março de 2025

dois poemas

 


versos soltos
O ar da chuva entrou pela janela aberta
com pirilampos piscando pela luz da lâmpada. 
A luz elétrica ilumina o cavalete,
os pincéis deitados e a tinta inerte. 
Eh, sonho de Sertão ao Norte,
entre as brumas do mar e o Sol tão forte.
Eclipses de coisas que desconhecemos.
Mesmo assim um menino cantando,
e um boi soltando seu som pelo matagal aberto.


UMA ÁRVORE
Lá longe, uma árvore solitária
solitária, sim, entre pássaros e gentes.
Então, nada solitária.
As raízes no chão com as terras
pode conversar com as minhocas
e outros insetinhos que por ali passeiam.
E as folhas em sua copa brilham
verdes, verdes ao sol e o céu azul.
Ah, árvore, quem está solitário
se não os olhos humanos que te observam.


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