EU MESMO
Aqui diante do mar o meu ser se esconde,
Nas algas e nos ventos e nas gaivotas.
Sou marinheiro porque nasci em terra,
E meu corpo sempre quis o mistério.
Minha voz vou deixar a vocês,
Esta concha vazia, esse lamento de onda.
!Aqui eu deixo para vocês, minha dor!
E minhas alegrias estranhas!
Que me cubra a aurora!, essa
Vagante solidão dos túmulos.
Quero entender o que é vida eterna
Para conversar contigo eternamente, AMOR.
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