Ao meu filho inexistente
Dorme, filho que não vens,
que a vida barata é maldita,
e mesmo quem negue a diga
que sofrer é tudo o que tens.
Não existes e existes em mim,
Ah, o tedio da imaginação
Que se enche de densa perversão
Nesse festival maldoso sem fim.
Filho, tu nunca foste nada
Além do esperma que a cada
Ejaculação fora lancei.
Não penses que nisso
Deixei de pensar em ti por isso:
Filho, eu sempre te amei!
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