Os espelhos
Em formas que a natureza rege
com imenso desvelo e mistério,
a forma repetida em forma de si
mesmo, o outro, que é a si mesmo.
Formas abstratas e concretas, infinitas
como um labirinto feito de bronze.
Cansada repetição de ver os olhos de
si mesmo, em outro, o outro, que é a si
mesmo.
Miragem quem sabe de uma fábula,
onde o universo se contempla infinito.
E nessa infinitude de tudo se contempla
algo que sabemos ser: a moeda de ferro,
os olhos de um tigre, um livro na estante.
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